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Justiça Domingo, 12 de Janeiro de 2025, 07:40 - A | A

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Decisão Unânime

TJMS mantém pena de Jamilzinho por extorsão e ligação com organização criminosa

A condenação, que já havia sido aumentada pela 2ª Câmara Criminal em junho do ano passado, foi de 12 anos e 8 meses para 15 anos de prisão

Viviane Freitas
Capital News

A. Ramos/Arquivo Capital News

 Julgamento de Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho

Julgamento de Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho

Desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por decisão unânime, negaram o recurso dos advogados de Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho. Com isso, foi mantida a condenação do empresário por extorsão contra José Carlos de Oliveira, antigo proprietário do imóvel no Jardim Monte Líbano. O local foi onde foi encontrado um arsenal, que levou à operação Omertà, deflagrada em setembro de 2019.

A condenação, que já havia sido aumentada pela 2ª Câmara Criminal em junho do ano passado, foi de 12 anos e 8 meses para 15 anos de prisão, além de uma indenização de José Carlos e sua esposa. A extorsão aconteceu em 2015, quando a vítima, endividada em R$ 280 mil, foi ameaçada com um taco de baseball com arames. O valor da dívida, no entanto, aumentou com o tempo e, devido à impossibilidade de pagamento, José Carlos entregou a casa para Jamilzinho entre 2016 e 2017.

O relator do processo afirmou que as investigações comprovaram que outras pessoas sofreram extorsões semelhantes às de José Carlos. A defesa de Jamilzinho entrou com um recurso extraordinário para tentar reverter a condenação. Os advogados argumentaram que não havia justificativa para o aumento da pena, especialmente em relação à participação de mais de uma pessoa no crime e ao uso de armas de fogo.

O Órgão Especial do TJMS analisou o recurso e, em dezembro de 2024, validou as provas apresentadas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, negando o pedido da defesa. Em seu documento, o vice-presidente do TJMS, Dorival Pavan, afirmou que não havia motivos para alterar a decisão. A sentença foi confirmada de forma unânime pelos desembargadores.

Na casa de Jamilzinho, durante as investigações, foram apreendidas várias armas de fogo, incluindo fuzis, pistolas, espingardas e munições, além de silenciadores e lunetas. Também foi encontrado um bloqueador de sinal eletromagnético, utilizado para desativar tornozeleiras eletrônicas. A operação Omertà, realizada em setembro de 2019, resultou na prisão de Jamil Name e seu filho, acusados de liderar uma organização criminosa envolvida em milícias armadas e grupos de extermínio.

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