Dos nove pessoas que na terça-feira (29) tiveram decretadas prisão temporária, ou de caráter preventivo, expedidas pelo Juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, quatro já estão liberadas e outras duas devem sair do regime de cárcere ainda na manhã desta quarta-feira (30). O Gaeco capturou os alvos da Operação Antivírus, mas em menos de 12h a própria Justiça entendeu que não seria relevante para as investigações de possíveis fraudes em contratos milionários do Detran-MS com empresas, que seis dos citados no suposto esquema estejam presos.
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Graças Habeas corpus aceito pelo TJMS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul), deixaram o Centro de Triagem, localizado em Campo Grande no Jardim Noroeste), o diretor presidente do Detran-MS, Gérson Claro, o diretor adjunto do órgão, Donizete Aparecido da Silva, além de dois servidores da autarquia, Gerson Tomi, diretor de Tecnologia, e Érico Mendonça, que chefia a Divisão de Execução Orçamentária, Financeira e de Arrecadação. Com base no mesmo tipo de recurso jurídico também reverteu a sua prisão o funcionário público Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, que trabalha na Secretaria de Estado de Governo. Todos os cinco estavam com prisão preventiva decretada.
Enquadrados com a necessidade de prisão temporária para não atrapalharem nas averiguações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado referentes à Operação Antivírus, o sócio-proprietário da Digitho e um secretário da empresa devem ganhar liberdade até o final da manhã desta quarta-feira (30). Respectivamente Jonas Schimidt das Neves, e o seu colaborador Claudinei Martins Rômulo estavam detidos na 3ª Delegacia de Campo Grande, onde ainda está preso temporariamente o ex-deputado estadual, Ary Rigo, suspeito de ser um dos principais articuladores do provável esquema.
Nomes da Pirâmide na investigação seguem presos
Investigada desde 2015, a possível organização formada pela parceria escusa de agentes públicos com empresas, teria praticado crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato e formação de quadrilha, por meio de fraude no contrato de fornecimento de serviços da área tecnologia da informação. Sócio de uma empresa desse ramo foi contratada até sem licitação pelo Detran, José do Patrocínio Filho, segue em cumprimento da prisão temporária, assim como outro cotista da Pirâmide Informática, Fernando Roger Daga e o ex-sócio do escritório, Anderson da Silva Campos.
A prisões temporárias tem a validade de cinco dias . Durante as ações do Gaeco na terça-feira (29) foram também cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, para a coleta de documentos, computadores, aparelhos celulares e provas como os R$ 95 mil que foram descobertos com um dos envolvidos no caso. No mesmo dia, o Governo de Mato Grosso do Sul, em nota oficial - divulgada só 10 horas depois do início das incursões do Grupo de Atuação Especial de Combate ao crime Organizado – comunicou que apoia a Operação Antivírus e designou a Procuradoria-Geral do Estado para acompanhar a evolução dos procedimentos de combate ao suposto foco de corrupção.