A Escola Estadual Júlia Gonçalves Passarinho, localizada em Corumbá, promoveu sua primeira viagem de estudos a Campo Grande no início de outubro. Planejada durante o primeiro semestre de 2024, a experiência envolveu tanto estudantes quanto a equipe pedagógica do Ensino Fundamental e Médio, com o objetivo de proporcionar uma vivência prática dos conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do ano letivo. A coordenadora da área de Ciências Humanas, Angélica Leal, foi responsável pela organização do roteiro, que incluía pontos relevantes para os estudos.
Durante a viagem, os estudantes puderam observar a rica paisagem pantaneira, partindo de Corumbá e passando por cidades como Miranda, Anastácio, Camisão, Piraputanga e Palmeiras, até chegarem à capital. O percurso também possibilitou que os alunos vissem em tempo real os efeitos do período de queimadas no bioma pantaneiro, um aspecto que gerou reflexões importantes sobre o meio ambiente. Letícia Pereira, do 3º Ano A, destacou o impacto visual das áreas devastadas e a influência das queimadas nas aulas de Biologia, ao dizer: “Foi de grande impacto a quantidade de áreas destruídas pela cinza e o quanto de calor isso causa”.
Em Campo Grande, a agenda foi recheada de atividades educativas. Os estudantes visitaram a Feira Central, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o Bioparque Pantanal, e diversos parques, como o Parque das Nações Indígenas e o Parque dos Poderes. Essas visitas foram fundamentais para enriquecer o aprendizado dos alunos, permitindo a aplicação prática de conceitos estudados em sala de aula. A viagem foi tão bem-sucedida que a direção da escola decidiu incorporá-la ao calendário de ações da unidade, inserindo-a também no Projeto Político Pedagógico (PPP).
De acordo com Camila Cavalcante, diretora adjunta, a experiência proporcionou uma aula prática que abrangeu vários componentes curriculares. “Na área de exatas, foram feitos cálculos de distância e gastos; na área de linguagens, vivenciaram cultura, esporte e lazer; em ciências humanas, estudaram a história e geografia da região; e em ciências biológicas, analisaram a fauna, flora e os impactos ambientais”, explicou. Essa abordagem multidisciplinar evidencia a importância de conectar teoria e prática no processo educativo, enriquecendo a formação dos alunos.