O Ministério Público Federal (MPF) recomendou a suspensão dos resultados finais do Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024 devido a falhas no cumprimento das cotas raciais. O pedido foi feito à Fundação Cesgranrio e ao Ministério da Gestão e Inovação, apontando diversos problemas durante o processo seletivo.
Entre as falhas identificadas, o MPF destacou que candidatos cotistas reintegrados por decisão judicial não foram notificados a tempo, o que os fez perder a fase de envio de títulos. Também houve falta de justificativa clara para os candidatos excluídos das cotas, o que dificultou a apresentação de recursos.
Outro ponto crítico foi o atraso na divulgação dos nomes dos avaliadores responsáveis pela heteroidentificação, que ocorreu apenas no fim do processo. Além disso, a plataforma do concurso apresentou limitações, impedindo a anexação de documentos nos recursos e prejudicando a defesa dos candidatos.
Diante dessas falhas, o MPF recomendou a reavaliação dos candidatos excluídos das cotas com explicações claras e a revisão do processo de heteroidentificação para maior transparência. O órgão também solicitou a reabertura do prazo para recursos e o acesso completo às decisões do concurso.
A Fundação Cesgranrio e o Ministério da Gestão têm cinco dias para enviar um relatório detalhado sobre as medidas adotadas. Se não cumprirem as recomendações, o MPF poderá tomar ações judiciais para corrigir os problemas identificados.