Na tarde desta sexta-feira (26) quem passar pela Praça Ari Coelho, no centro de Campo Grande pode realizar serviços como aferição de pressão e glicemia e obter orientações jurídicas e de saúde. A ação social é uma iniciativa promovida pela Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul.
Com o apoio de instituições parceiras, a iniciativa marca o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho. Os atendimentos começaram ao 12 horas e seguem até as 17 horas.
A gestora do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a juíza do trabalho Hella de Fátima Maeda explica que a data é importante para chamar a atenção da população para a saúde e segurança do trabalhador. Ela acrescenta ainda que o trabalho deve ser instrumento de dignificação de todos e não causa de morte e doenças.
De acordo com dados da Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul, em 2023, foram recebidos 3.261 novos processos sobre doenças ocupacionais. Além disso, outras 2.723 ações referentes a acidentes de trabalho.
Acidentes de trabalho
Nos últimos 10 anos, foram gastos R$ 387 milhões com auxílio-doença por acidente de trabalho em Mato Grosso do Sul. A série histórica engloba dados de 2012 a 2021, quando foram destinados R$ 609 milhões para aposentadoria por invalidez por acidente de trabalho, no Estado.
Os dados mais recentes, de 2022, indicam que a cidade com mais notificações de acidentes de trabalho foi Campo Grande (41,3%), seguida por Dourados (10,3%) e Três Lagoas (7,04%). Ao todo, foram registrados 10 mil acidentes, com 58 mortes, no Estado.
O setor econômico com mais notificações foi o de atividades de atendimento hospitalar. Só em 2022, foram registrados 690 acidentes envolvendo técnicos de enfermagem e 167 com enfermeiros. Outras ocupações com mais incidência são alimentador de linha de produção (404 casos), faxineiro (267 casos), motorista de caminhão (250 casos), trabalhador agropecuário (154 casos) e coletor de lixo domiciliar (153 casos).
Já as mortes por acidentes de trabalho em Mato Grosso do Sul, analisando a série histórica, acontecem principalmente com motoristas de caminhão e de ônibus rodoviário, caldeireiro, soldador, pedreiro, operador de máquinas de construção civil e mineração, e trabalhador volante da agricultura. A cada 10 acidentes, sete ocorreram com homens. Entre eles, a maioria dos casos acontece na faixa etária dos 18 a 24 anos, enquanto entre as mulheres, a maior incidência ocorre entre 30 e 34 anos.