O falecimento do Papa Francisco, ocorrido na manhã desta segunda-feira (21), marca o início de um dos ritos mais solenes da Igreja Católica. Desta vez, porém, a cerimônia seguirá novos moldes: em 2024, o pontífice havia determinado mudanças profundas no protocolo funerário, priorizando a simplicidade e rompendo com tradições seculares do Vaticano.
Os ritos fúnebres começaram ainda nesta segunda-feira, com uma missa de sufrágio celebrada às 14h (horário de Brasília) pelo cardeal Baldo Reina, na Basílica de São João Latrão, em Roma. Na sequência, foi rezado o terço na Praça de São Pedro. Às 15h, ocorreu o rito de constatação da morte, seguido da deposição do corpo na Capela de Santa Marta, presidido pelo camerlengo, cardeal Farrell, que também destruiu o Anel do Pescador, simbolizando o fim do pontificado.
O velório público terá início na quarta-feira (23), quando o corpo de Francisco será levado em procissão até a Basílica de São Pedro. Diferente dos papas anteriores, o corpo não será levado ao Palácio Apostólico e ficará exposto em um caixão simples de madeira com revestimento de zinco, disposto diretamente sobre o solo da basílica. O público poderá se aproximar do caixão aberto durante três dias de homenagens e celebrações litúrgicas.
A missa de exéquias será realizada ao ar livre, na Praça de São Pedro, presidida pelo cardeal decano do Colégio dos Cardeais. A data exata ainda será definida, mas deve ocorrer entre os dias 24 e 26 de abril. Após a cerimônia, o corpo será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — escolha pessoal de Francisco, que rompe a tradição de enterros nas criptas da Basílica de São Pedro. O túmulo será acessível ao público.
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Conforme o Capital News, a Igreja Católica observará o período de novendiales, com nove dias seguidos de orações pelo descanso eterno do Papa em todo o mundo. No Brasil, a TV Aparecida transmitirá ao vivo as cerimônias, incluindo a missa de exéquias, permitindo que os fiéis acompanhem esse momento histórico. O conclave para eleger o novo papa deve começar entre 15 e 20 dias após a morte, conforme as normas da Igreja.
