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Paralisação

Motoristas de ônibus retomam negociações e alertam para possível greve em Campo Grade

Categoria espera sucesso em mais uma rodada de negociação nesta segunda; ameaça de paralisação se mantém para esta semana

Viviane Freitas
Capital News

Após adiarem a paralisação inicialmente prevista para hoje (25), os motoristas de ônibus de Campo Grande retomam as negociações com o Consórcio Guaicurus. Apesar disso, sem um acordo satisfatório para reajuste salarial, a possibilidade de greve ainda não foi descartada pela categoria.

Segundo Demétrio Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), a expectativa é que as negociações tenham um desfecho em breve. Ele reforçou que qualquer acordo só será firmado caso todas as reivindicações iniciais, como reajuste salarial e benefícios, sejam atendidas. “Se não houver uma definição amanhã, é provável que a paralisação ocorra durante a semana”, afirmou Demétrio ao Capital News.

A categoria já havia suspendido uma paralisação anteriormente devido à retomada das conversas com a concessionária e a um pedido do Hemosul, que solicitou o adiamento da greve para evitar impactos na logística de doações de sangue. No entanto, o sindicato segue reivindicando um reajuste salarial de 8%, um aumento no vale-alimentação de R$ 250 para R$ 350, além de melhorias em outros benefícios como o vale-gás e assistência à saúde.

Por outro lado, o Consórcio Guaicurus defende que a proposta de reajuste de 4% apresentada, junto com outras melhorias, já seria adequada, considerando as dificuldades financeiras enfrentadas pelo setor. A empresa também está sob análise pericial desde outubro, que busca avaliar a viabilidade de um aumento na tarifa de ônibus, atualmente fixada em R$ 4,75. O consórcio solicita uma nova tarifa de R$ 7,79, mas o processo foi suspenso pela Justiça em agosto, aguardando os resultados da perícia.

A data-base da categoria foi encerrada em 25 de outubro sem avanços concretos, o que tem gerado insatisfação entre os cerca de 1.100 motoristas de Campo Grande. A classe alega que a inflação vem corroendo seus ganhos e que as condições atuais não são suficientes para manter a qualidade de vida dos profissionais que operam o transporte público da capital.

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