As obras da alça de acesso à ponte da Rota Bioceânica, que conectará a BR-267 à ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho, estão em andamento. Fotos do local, registradas no sábado (18) por Toninho Ruiz, mostram trabalhadores e máquinas de bate-estaca em atividade ao longo do trecho.
O empreendimento, conduzido pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e executado pelo consórcio liderado pela empresa Kaiapó, terá um investimento total de R$ 472 milhões. A alça contará com 13,1 quilômetros de extensão, ligando diretamente a rodovia ao estribo da ponte no lado brasileiro. A estrutura será composta por vãos de 20 metros entre os pilares, formando um viaduto contínuo até a ponte principal.
Segundo o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), os trabalhos estão em ritmo acelerado, incluindo a travessia do Rio Amonguijá e a execução de limpeza e preparação de estruturas. Apesar de alguns desafios relacionados a desapropriações, ele afirmou que o DNIT está tomando as medidas necessárias para manter o cronograma da obra.
O projeto detalhado prevê uma pista de rolamento com 7,2 metros de largura, acostamentos de 6 metros e 18 bueiros, cinco deles destinados à passagem de fauna. A alça também incluirá um viaduto sobre a BR-267, seis pontes de concreto e uma extensão total de 1.360 metros. A conclusão está prevista em 26 meses e será parte do corredor que conecta Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
A Ponte Bioceânica, que integra o projeto, terá 1.294 metros de extensão, incluindo um vão estaiado de 350 metros, e está programada para ser concluída em março de 2026. A rota reduzirá o tempo de transporte de cargas entre o Atlântico e o Pacífico e pode encurtar em até 12 dias a viagem para a China, fortalecendo a integração regional na América Latina.