A equipe da Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), enfrenta uma linha de fogo crescente na região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia, próxima à Serra do Amolar. As operações, iniciadas em 26 de julho, continuam em um esforço conjunto com equipes do Prevfogo/Ibama e funcionários de fazendas locais.
Neste domingo (28), o incêndio se intensificou no lado brasileiro, especialmente em áreas de morraria. Embora uma linha de fogo tenha sido controlada, outra aumentou devido aos ventos de até 16 km/h, que favoreceram a propagação das chamas de Norte a Sul, da Bolívia para Corumbá. Os esforços terrestres para conter o incêndio foram insuficientes, permitindo que o fogo avançasse no território brasileiro.
As ações preventivas realizadas em junho e julho, incluindo aceiros e linhas de proteção, impediram que o fogo danificasse equipamentos e sistemas de monitoramento na região, especialmente perto da torre do sistema Pantera, que continua operacional. No entanto, a situação permanece crítica, com o fogo ainda ativo na noite de 28 de julho.
As condições climáticas desfavoráveis, identificadas pelo Lasa/UFRJ como de risco extremo de incêndio, dificultam os esforços de combate. Desde janeiro, cerca de 900 mil hectares do Pantanal, aproximadamente 6% do território, já foram queimados.
A Brigada Alto Pantanal, em colaboração com o Prevfogo/Ibama e trabalhadores rurais, permanece mobilizada para impedir a expansão do incêndio. A manutenção da brigada conta com o apoio de parceiros como VBio, Celeo, ISA CTEEP, Funbio e ADM Care.
