O trabalho árduo de combate ao incêndio na região da Serra do Amolar, no Pantanal, continua e conta com ação integrada e efetivo extra do Corpo de Bombeiros. Com atuação no solo e por ar, equipes extras de militares estarão empenhadas neste sábado (3).
O incêndio iniciou-se há sete dias e segue até agora, conforme o Corpo de Bombeiros, a área queimada já ultrapassa 4 mil hectares. Os bombeiros atuam no local há cinco dias com efetivo de 13 militares, e mesmo após algumas chuvas na área, que ajudaram a controlar e extinguir alguns focos, o fogo ainda persiste.
A área onde o incêndio está concentrado é alagada e de difícil acesso. Por conta do isolamento da região, nessa sexta-feira (2), a equipe responsável pelo controle das chamas precisou atuar em outro incêndio, que atingiu uma escola na região do Paraguai Mirim, que foi rapidamente controlado e não houve maiores prejuízos.
“A equipe do Corpo de Bombeiros que está no local, não combate só o incêndio, atendemos todo tipo de emergências. O incêndio da escola, ao que tudo indica, foi causado por um curto-circuito no almoxarifado. A nossa guarnição de combate a incêndio florestal estava na Serra do Amolar, quando receberam o chamado. Quando chegaram lá ainda tinha materiais em brasa e foi preciso fazer o rescaldo”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de proteção ambiental e chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado.
Além da aeronave 'air tractor', também foi destacado para atuar nas ações outro avião modelo Baron.
A região da Serra do Amolar é um território de grande biodiversidade e área de Reserva da Biosfera, além de ser um Patrimônio Natural da Humanidade. O território é formado por 80 km de extensão de morrarias que chegam a ter quase 1 mil de altitude. A área fica a aproximadamente 700 km de Campo Grande, a partir de Corumbá e por via fluvial, pois só é possível chegar nesse local por ar ou pelo Rio Paraguai.
“Apesar de estarmos em janeiro, que é comum ter chuvas na região, esse ano o volume de precipitações foi muito baixo no Pantanal, o que criou cenário propício para a propagação dos incêndios”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue.