A Operação Piracema 2024/2025, iniciada em novembro, continua em andamento em Mato Grosso do Sul, com ações intensivas para combater a pesca ilegal durante o período de defeso. Coordenada por uma força-tarefa envolvendo a PMA (Polícia Militar Ambiental), o IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e a Polícia Militar Rural, a operação visa proteger a ictiofauna local, permitindo a reprodução das espécies.
Este ano, a fiscalização conta com o apoio de tecnologias avançadas, como georreferenciamento e drones equipados com câmeras térmicas. Esses recursos ajudam a identificar pontos estratégicos e detectar atividades ilícitas, especialmente em áreas de difícil acesso, como os rios de Aquidauana e outras regiões urbanas cortadas por cursos d'água.
Apesar da fiscalização rigorosa, a PMA tem encontrado muitos petrechos de pesca proibidos. Nas últimas semanas, mais de 100 varas de pesca foram apreendidas no Rio de Aquidauana, principalmente nas áreas de Palmeiras, Camisão e Piraputanga. A maior parte dos equipamentos apreendidos inclui molinetes, carretilhas e caniços simples, utilizados de forma irregular nas margens dos rios.
A situação também é preocupante na Bacia do Paraná, onde, na última semana, foram apreendidas 137 varas de pesca e outros equipamentos ilegais na região entre a 5ª e a 7ª linha, em Fátima do Sul. A PMA acredita que muitas dessas infrações resultam de equívocos na interpretação da legislação, especialmente no que diz respeito à pesca de subsistência.
A pesca de subsistência, permitida em áreas de difícil acesso, é restrita a pescadores ribeirinhos que dependem da atividade para consumo doméstico ou escambo, conforme a Lei n.º 11.959/2009. A PMA alerta que, para aqueles fora desse perfil, a pesca continua proibida, e infrações podem resultar em multas e até responsabilização criminal. O respeito à legislação é essencial para garantir a sustentabilidade das espécies e a preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.