Desde sua implementação em 2020, o Pix tem proporcionado segurança e praticidade aos consumidores na hora de realizar movimentações financeiras, apesar dos benefícios golpes envolvendo a ferramenta estão cada vez mais comuns em todo o país.
Superintendente do Procon de Mato Grosso do Sul, Marcelo Salomão ressalta que a plataforma é "extremamente importante para a relação de mercado", contudo é necessário ter cautela para não cair em golpes.
De acordo com Salomão, a clonagem do telefone das vítimas é a prática mais comum utilizada pelos estelionatários para conseguir transferências via Pix. “Eles analisam as conversas do usuário e começam a pedir dinheiro emprestado, bloqueando o telefone para que a vítima não consiga identificar. O mais importante, para evitar a clonagem, é fazer com que o seu telefone tenha duas etapas de confirmação”, disse.
Para evitar golpes, o Procon orienta que o consumidor certifique-se que a pessoa que está do outro lado da linha é ela mesma, marcando um encontro presencial antes de realizar o Pix. "Não faça transferência por impulso, marque presencialmente. Se cerque de todas as garantias para que você não caia no golpe do empréstimo do Pix do telefone clonado. Clonagem do telefone é o primeiro passo para os estelionatários”, alertou Salomão.
Conforme o superintendente do Procon, outro golpe muito comum nos últimos anos, aplicado ocorre a partir de links compartilhados pelo Whatsapp, ou outras redes sociais. “Eles mandam o link para baixar um aplicativo, como se fosse um vendedor, uma empresa ou até mesmo um amigo e, esse link, é um vírus que vai entrar nesse telefone e ver todos os dados e informações, inclusive se estiver gravado em seu celular, suas senhas bancárias. Ele vai conseguir entrar na sua conta e fazer a transferência. Então, não baixe links sem antes se certificar se ele é verdadeiro e não é uma fraude”, explicou.
Nos últimos meses a Superintendência para a Orientação e Defesa do Consumidor recebeu número significativo de denúncias envolvendo golpes virtuais para pagamento de Pix, que aumentam ainda mais durante a pandemia. Segundo o Procon, a facilidade da movimentação financeira é um atrativo aos criminosos.
Em caso de golpe, o superintendente orienta que seja procura uma delegacia de polícia, para registrar o boletim de ocorrência e, posteriormente, formalizar uma reclamação no Procon-MS. “Faça uma reclamação junto à superintendência para que possamos defender o consumidor e localizar esses estelionatários junto com a Delegacia do Consumidor”.
Suspensão do PIX
O Procon de São Paulo solicitou nesta semana a suspensão da ferramenta até que o Banco Central apresentasse medidas eficientes que comprovasse a segurança do consumidor, contudo o Procon-MS se manifestou em defesa da permanência do Pix. “A suspensão da ferramenta seria um retrocesso. Somos a favor de criar novos modelos para que o usuário tenha segurança dessa transação ou limitação de transferência, mas sempre garantindo a segurança do usuário. O Procon-MS não é contra o PIX, ao contrário, somos extremamente a favor da ferramenta, que é gratuita e tem ajudado muitos consumidores no pagamento dos seus compromissos, sem custo. Antigamente nós fazíamos transferências por DOC ou por TED e isso gera um custo para o consumidor. O PIX não! É rápido, na hora, e não tem um custo”, destacou Salomão.