Campo Grande registrou uma redução de 9% nos casos de hanseníase em 2024. Foram 91 casos confirmados no ano passado, número inferior aos 100 registros de 2023. Apesar da queda, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) reforça a importância da vigilância ativa, destacando que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e interromper a transmissão.
Veruska Lahdo, superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, ressaltou a importância do Janeiro Roxo na conscientização sobre a doença. Segundo ela, muitas pessoas ainda desconhecem que a hanseníase tem cura e que o tratamento, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), interrompe rapidamente a transmissão. A conscientização é vista como uma das principais ferramentas para o combate à hanseníase.
A hanseníase é transmitida por contato prolongado com pessoas que ainda não estão em tratamento. Por isso, é essencial que familiares e conviventes diretos dos pacientes realizem exames para prevenir novos casos. Em 2024, 69 contatos foram avaliados em Campo Grande, reforçando o papel fundamental da vigilância ativa no controle da doença.
O tratamento é simples e eficaz, podendo durar de seis a doze meses. Em casos mais complexos, o Hospital São Julião é referência no atendimento de lesões multibacilares e complicações associadas. Além disso, as 74 Unidades de Saúde da Família (USFs) da cidade estão preparadas para realizar o diagnóstico precoce, orientar os pacientes e iniciar o tratamento.
A campanha Janeiro Roxo reforça a importância da conscientização e do combate à hanseníase. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição no mundo em número de casos diagnosticados, ficando atrás apenas da Índia. A mobilização busca alertar a população sobre os sintomas, prevenção e a disponibilidade de tratamento gratuito, garantindo a cura e a qualidade de vida dos pacientes.