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Saúde e Bem Estar Terça-feira, 04 de Março de 2025, 18:43 - A | A

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Saúde

Novo tratamento da USP reduz mortes por febre amarela em até 84%

Troca de plasma melhora a recuperação de pacientes com insuficiência hepática aguda

Vivianne Nunes
Capital News

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um tratamento inovador que pode reduzir significativamente a taxa de mortalidade em pacientes com febre amarela grave. O estudo, publicado em uma revista científica especializada, aponta que a técnica de troca de plasma sanguíneo pode aumentar as chances de recuperação em casos de insuficiência hepática aguda, uma das complicações mais graves da doença.

Como funciona o novo tratamento?

A terapia consiste na substituição do plasma sanguíneo do paciente pelo de doadores saudáveis, ajudando a eliminar toxinas que se acumulam quando o fígado perde a capacidade de filtragem do sangue. Essa insuficiência pode levar a complicações severas e elevar as taxas de mortalidade.

Os testes foram realizados em 66 pacientes, divididos em três grupos:

Grupo 1: recebeu o tratamento padrão em terapia intensiva.
Grupo 2: passou por um procedimento de troca de plasma em alto volume por três dias consecutivos.
Grupo 3: recebeu um tratamento mais intensivo, com duas sessões diárias de troca plasmática e infusão adicional de plasma fresco congelado.

Resultados promissores

Os pacientes do terceiro grupo apresentaram uma taxa de mortalidade 14% menor em relação aos demais. Os pesquisadores concluíram que essa abordagem pode diminuir em até 84% o risco de óbito causado pela insuficiência hepática em decorrência da febre amarela.

Impacto e novas perspectivas

A descoberta abre caminho para o aprimoramento dos protocolos de tratamento da febre amarela, especialmente em casos críticos. Segundo os cientistas, a troca de plasma pode ser uma estratégia eficaz para reduzir mortes e melhorar o prognóstico de pacientes com complicações hepáticas graves.

A febre amarela continua sendo uma preocupação global, especialmente em regiões endêmicas. Com esse avanço, a expectativa é que novas pesquisas ampliem o acesso ao tratamento e ajudem a salvar mais vidas.

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