Sebrae acredita que missão internacional vai beneficiar grandes e pequenos

A missão político-empresarial liderada pelo governador André Puccinelli a Portugal, Espanha e Japão pode trazer importantes reflexos para toda a cadeia da indústria e do comércio no Estado. Na avaliação do diretor superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, grandes e pequenos empreendedores são beneficiários da política de parcerias e atração de investimentos desencadeada por Puccinelli.

As viagens que aconteceram neste mês integram um conjunto de ações previstas no termo de compromisso de parceria firmado entre o governo e o Sebrae no início deste ano. Uma das metas é promover o Estado no Brasil e em eventos no exterior. A entidade foi a organizadora do circuito internacional de negócios Portugal-Espanha-Japão. Mendonça se juntou à comitiva na etapa da viagem na Ásia. A organização da divulgação turística feita pela missão sul-mato-grossense foi um dos pontos que mais chamaram a atenção do superintendente. “Foi tudo muito bem divulgado, foram feitos importantes contatos para desenvolver o fluxo de turistas na nossa região”, ele avalia, citando também que conhecer o exemplo da província de Okinawa, que recebe anualmente cinco milhões de visitantes, foi uma experiência importante.

Grandes e pequenos empreendedores

Empresários dos setores madeireiro, sucroalcooleiro e têxtil acompanharam o governador na viagem e participaram das reuniões de divulgação do potencial do Estado. A avaliação do superintendente do Sebrae é que o fomento aos grandes negócios tem reflexo direto no crescimento também dos pequenos. Estimular os setores que participaram da missão internacional vai impactar toda a cadeia de indústrias e comércio de menores portes, especialmente em cidades do interior, explica Mendonça.

“Eu creio e vejo que o governo tem uma política para o desenvolvimento do pequeno, do médio e do grande empresário”, ele define. A avaliação parte da experiência dos reflexos que um grande investimento gera em toda a cadeia produtiva. “Quando se implanta uma usina, por exemplo, vários setores da economia se beneficiam, surgem novos negócios. É aí que o Sebrae entra, no apoio ao pequeno empreendedor”.

A oportunidade de contatos com as cooperativas agropecuárias foi outro ponto que agradou o dirigente do Sebrae. Ele acredita que há um espaço muito grande a ser ocupado pelos pequenos produtores de alimento brasileiros, especialmente porque o Japão importa cerca de 60% do alimento que consome. “Na área energética também há boas oportunidades, mesmo para o etanol, que concorre com a tecnologia japonesa, porque o país traz de fora cerca de 88% de suas fontes energéticas”, cita Mendonça

A prospecção de novos negócios no Japão vai também ao encontro de um trabalho já desenvolvido pelo Sebrae, juntos aos decasseguis (brasileiros que voltam a terra dos antepassados em busca de trabalho). Outra situação que impressionou o superintendente foi a disposição da Embaixada brasileira, pelo apoio que mostrou à iniciativa da comitiva sul-mato-grossense. (Com Assessoria)