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Cotidiano Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2008, 12:44 - A | A

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Usinas de MS já estão cadastradas para leilão de energia de reserva

Agência Brasil

Dez usinas de Mato Grosso do Sul já estão cadastradas para participar do primeiro leilão de energia de reserva, que será realizado no dia 30 de abril pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A divulgação dos empreendimentos habilitados deve ser acontecer até o dia 15 de abril pela Empresa Brasileira de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. No total, 118 usinas se cadastraram para participar da operação, que oferecerá 7.811 megawatts.

Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a maioria (64) dos cadastrados está localizada no Estado de São Paulo, com oferta de 4.182 megawatts, seguindo-se Goiás, com 20 usinas e 1.665 megawatts, Minas Gerais (15 empreendimentos e 834 megawatts) e Mato Grosso do Sul (10 usinas e 803 megawatts). Todos geram energia térmica a partir da biomassa, que engloba bagaço e palha da cana-de-açúcar, capim elefante e resíduos vegetais.

O leilão terá dois produtos para negociação: o primeiro prevê entrega de energia a partir de 2009 e tem 1.869 megawatts cadastrados, e o outro, início da entrega em 2010, com 6.711 megawatts cadastrados. Devido à duplicidade de 21 empreendimentos nos dois produtos, o total cadastrado para o leilão é inferior à soma obtida, explicou Tolmasquim, ao advertir que os participantes não poderão vender energia nos dois produtos.

Os contratos terão vigência de 15 anos e o leilão terá um preço-teto, ainda não definido. Segundo o presidente da EPE, todos os consumidores – os das distribuidoras, os livres e os altos produtores – pagarão por essa energia adicional. O encargo será proporcional ao consumo e deverá ficar bem abaixo de 1% da conta de luz.

Tolmasquim adiantou que esse aumento de energia pela bioeletricidade não deverá afetar a tendência de auto-produção das grandes empresas. “Cada vez mais vemos siderúrgicas, fábricas de cimento, o setor sucroalcooleiro e outros aumentarem a produção para consumo próprio. Acho que isso não será revertido facilmente. As empresas querem ter uma produção própria, o que garante a elas preço, segurança. E isso é positivo, porque é menos recurso que o País tem que deslocar para construir usinas – os próprios consumidores estão construindo a sua planta”, disse.

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