Com a projeção de alcançar 30 mil hectares de citricultura nos próximos quatro anos, o Governo de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Semadesc, Famasul e outras entidades, deu início a uma capacitação técnica voltada para a prevenção e o controle sanitário da produção de citros. O evento, realizado na Famasul, contou com a participação de especialistas e representantes de instituições estaduais, reforçando a importância do alinhamento técnico para o crescimento sustentável do setor.
Durante o encontro, técnicos do Senar-MS, fiscais da Iagro e extensionistas da Agraer discutiram estratégias para prevenir o avanço de doenças como o greening. Rafael Silvestre, pesquisador do Fundecitrus, destacou os impactos dessa doença, que já afeta 44% dos laranjais de São Paulo. Ele também apresentou ferramentas de monitoramento, como o Alerta Psilídeo e o Avalia Greening, para ajudar na proteção dos pomares sul-mato-grossenses.
A nova legislação estadual foi outro ponto central do evento. A gerente de Inspeção Vegetal da Iagro, Glaucy Ortiz, explicou mudanças que fortalecem a defesa sanitária, como a proibição do cultivo da planta exótica murta, hospedeira do greening. Além disso, a lei amplia os poderes da Iagro, permitindo a interdição de produtos e insumos que não atendam às normas sanitárias, garantindo maior segurança aos produtores locais.
Rogério Beretta, secretário-executivo da Semadesc, enfatizou a necessidade de unir esforços entre instituições públicas e privadas para atrair investimentos de grandes produtores. Segundo ele, a expansão da citricultura em Mato Grosso do Sul depende de ações coordenadas que assegurem a sanidade vegetal, tornando o estado competitivo frente a outros polos, como Minas Gerais e Goiás.
O diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman, reforçou o compromisso com pequenos e médios produtores. Ele destacou que a diversificação econômica proporcionada pela citricultura é uma oportunidade promissora para o estado. “Estamos prontos para contribuir com a assistência técnica necessária e fazer da citricultura uma atividade próspera em Mato Grosso do Sul”, afirmou.