A colheita de soja em Mato Grosso do Sul avançou para 2,273 milhões de hectares até o final de fevereiro, o que representa 50,5% da área plantada, segundo estimativas do Projeto Siga-MS, divulgadas pela Aprosoja-MS nesta quinta-feira (06). A região sul do estado apresenta o maior progresso, com 57,1% da colheita concluída, enquanto as regiões centro e norte têm 44,4% e 32,6%, respectivamente.
No entanto, a estiagem afeta cerca de 2,126 milhões de hectares, ou 47% da área total. As lavouras mais impactadas são aquelas plantadas entre setembro e meados de outubro. A falta de chuvas nos meses de dezembro e janeiro, especialmente em janeiro, prejudicou o período crítico de enchimento de grãos, com 57% das lavouras nessa fase até o final de janeiro.
Apesar disso, as precipitações dos últimos sete dias ajudaram a regularizar as condições em algumas áreas, com acumulados variando entre zero e 55 milímetros. Embora as chuvas tenham sido irregulares, permitindo que as lavouras em boas condições completassem seu ciclo, algumas regiões ainda enfrentam dificuldades com chuvas fracas.
As condições das lavouras variam entre regiões, com áreas no sudeste, centro e sudoeste apresentando até 60% das lavouras em condições ruins. Em contrapartida, algumas áreas mantêm boas condições, com 19,5% a 52,2% das lavouras em situação favorável. O coordenador técnico da Aprosoja-MS, Gabriel Balta, afirmou que a colheita segue acima da média dos últimos cinco anos, e a safra 2023/2024 teve um fechamento de ciclo mais precoce devido à estiagem e altas temperaturas. O pico da colheita em MS ocorre entre 14 de fevereiro e 14 de março, quando se espera colher 79% da área plantada.