O Corredor Bioceânico tem o potencial de trazer grandes benefícios a Mato Grosso do Sul, especialmente para a exportação de carne bovina. Com essa nova rota, será possível reduzir custos e encurtar distâncias, tornando a exportação mais competitiva. A nova conexão pode facilitar o escoamento para o Chile, no mercado sul-americano, ou para países asiáticos, através do Oceano Pacífico. A expectativa é que o setor ganhe mais força, com um futuro promissor e mais oportunidades no mercado internacional.
Atualmente, o estado exporta cerca de 360 mil toneladas de carne bovina para o Chile. No entanto, esse processo envolve rotas longas e complexas, que passam por diferentes países, como o Paraguai e a Argentina. A nova rota, através de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta, no Paraguai, promete encurtar esse caminho, facilitando o transporte da carne até o Chile e outros destinos internacionais.
Se o destino for o mercado asiático, a carga de carne poderá seguir pelos portos chilenos de Antofagasta ou Iquique e, então, atravessar o Pacífico. O Corredor Bioceânico já está em construção, com diversas obras em andamento, como a ponte binacional, que já está 65% concluída. Com a implementação da rota, o estado poderá expandir suas exportações para mercados como China e Japão, além de aumentar sua competitividade global.
De acordo com Sérgio Capucci, vice-diretor do Sicadems, o benefício principal da Rota Bioceânica será a ampliação das exportações para o Chile e o Peru. Para outros mercados globais, a viabilidade econômica dependerá da redução dos custos logísticos. Já Cláudio Cavol, presidente do SETCEMS, destaca que a nova rota pode reduzir a distância entre Mato Grosso do Sul e o norte do Chile em até 1.000 km, o que trará uma economia significativa para os produtores de carne.
Álvaro Rezende/Governo MS
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Governador Eduardo Riedel durante anúncio de exportação de carne para China
O setor de transporte também se prepara para essa nova realidade, com investimentos em qualificação de motoristas e melhorias nas rodovias nos quatro países envolvidos. A infraestrutura das estradas, bem como a agilização dos trâmites aduaneiros, será essencial para garantir o sucesso da Rota Bioceânica. O aumento do fluxo de transporte deve impulsionar o PIB de Mato Grosso do Sul e consolidar o estado como um hub estratégico para a exportação de produtos, especialmente carne, para mercados internacionais. Como afirmou o governador Eduardo Riedel: "O corredor bioceânico passou a ser uma realidade. Nossos produtos vão seguir por um caminho mais rápido, tanto para os países vizinhos quanto para o mercado asiático pelo Oceano Pacífico."