As negociações envolvendo soja no mercado spot nacional foram intensificadas na última semana, segundo levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O aumento na oferta e a maior presença de compradores externos impulsionaram os negócios, com destaque para a crescente demanda internacional pela oleaginosa brasileira.
O cenário foi influenciado pelo agravamento do conflito comercial entre Estados Unidos e China, após o governo chinês anunciar tarifas adicionais de 10% sobre a soja norte-americana. Com isso, analistas do Cepea indicam que os consumidores asiáticos devem buscar novos fornecedores na América do Sul, especialmente no Brasil, que se mantém como o maior produtor e exportador mundial da commodity.
Como reflexo dessa maior procura, os prêmios de exportação da soja brasileira começaram a subir. No porto de Paranaguá (PR), o prêmio de exportação da oleaginosa para embarque em março de 2025 está sendo ofertado a 85 centavos de dólar por bushel, o maior valor registrado desde 2022.
A tendência de valorização reforça a competitividade do Brasil no comércio global de grãos e pode resultar em novos impulsos para o setor agrícola nacional nos próximos meses.
