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Agronegócio Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2024, 11:41 - A | A

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Transporte

Economia de Mato Grosso do Sul enfrenta desafios para escoar produção agrícola

Ferrovia é o principal ponto de exportação da celulose

Elaine Oliveira
Capital News

Saul Schramm/Agencia MS

Economia de Mato Grosso do Sul enfrenta desafios para escoar produção agrícola

Estado possui investimentos na ordem de R$ 240 milhões em 22 aeródromo

O Mato Grosso do Sul é capaz de abastecer outras regiões do País e também destinar produtos para a exportação. A economia do Estado enfrenta desafios para escoar a produção local com a vantagem de possuir modais diferenciados como hidrovias e ferrovias.

As hidrovias Paraná-Tietê (Leste do Estado) e Paraguai-Paraná (Oeste do Estado) são responsáveis pelo escoamento de grãos e minério de ferro. Porém, a malha ferroviária Oeste e a Ferronorte também contribuem com o fluxo desses produtos, contribuindo ainda mais para a economia do Estado.

Já em rodovias estaduais, o MS conta com 15 mil quilômetros, que também fazem fluir produtos da agroindústria, em especial, aves, suínos, açúcar, milho, soja, celulose e pescados. As rodovias federais que cortam o Estado somam mais 4 mil quilômetros.

Este modal aguarda relicitação para voltar a operar de forma plena até chegar a Mairiporã, em São Paulo, e de lá ao porto de Santos.

Já o modal rodoviário apresenta uma característica especial. As rodovias cruzam o Estado de norte a sul, de leste a oeste, e ainda possui vias radiais, diagonais, traçando um emaranhado de estradas com possibilidades infinitas de uso.

Deurico/Arquivo Capital News

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Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística Hélio Pellufo

A principal malha rodoviária do Estado tem formato de uma cruz, com as rodovias BR-163, no sentido norte-sul, e a BR-262, de leste a oeste. Ambas escoam, principalmente, os complexos de grãos, pescado e madeira, e se dirigem aos vizinhos Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Goiás. As duas se encontram na capital, Campo Grande, considerada potencialmente um hub logístico para o armazenamento de produtos.

Segundo o secretário Hélio Pellufo, da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística)a BR-163 torna possível o fluxo da produção de suínos na região norte do Estado, em São Gabriel do Oeste, em direção ao sul.

"As BRs 262 e 267 são duas rodovias extremamente importantes que ligam aos maiores centros consumidores e aos portos de Paranaguá e Santos", confirma Pellufo.

A BR-060 corta o sul do Estado no sentido diagonal, facilitando o escoamento da produção de aves da região de Sidrolândia, a rodovia MS-040 corre paralela a BR-262 levando grande parte da produção florestal em direção a São Paulo.

Também em sentido diagonal, a MS-382, saindo de Guia Lopes da Laguna e chegando na MS-270, escoa o calcário, extraído da região sudoeste que é grande produtora desta rocha. Com esta ligação, o calcário chega até o Paraná.

Deurico/Arquivo Capital News

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Secretário Jaime Verruck da Semadesc

No modal aéreo, o Estado possui investimentos na ordem de R$ 240 milhões em 22 aeródromos, incluindo os aeroportos de Dourados, Três Lagoas, Campo Grande, Ponta Porã e Bonito, que são utilizados para voos executivos e turísticos.

O modal hidroviário é um dos caminhos extremamente importantes para o desenvolvimento do Estado. "As hidrovias levam nossos produtos a países como Argentina, Uruguai, e a partir daí, permitindo exportação para outros países. Elas [hidrovias] são muito concentradas em produtos como minério de ferro, saindo dos portos de Gregório Curvo e Porto Correa, localizados em Corumbá, no rio Paraguai. E em Porto Murtinho, a soja sendo exportada pela hidrovia. Um grande caminho", relata o secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc.

Ainda de acordo com o secretário, a ferrovia é o principal ponto de exportação da celulose, a partir de Aparecida do Taboado e também de Inocência, com a instalação do terminal da Suzano, e um terminal de combustível e commodities, no município de Chapadão do Sul. Já a Ferronorte é uma ferrovia altamente competitiva, sendo responsável pelo escoamento da produção de soja para o porto de Santos.

A ferrovia Maracaju-Paraná será um grande vetor de desenvolvimento econômico. Assim como a Rota Bioceânica, por meio da 267, alcançando os portos chilenos.

Saul Schramm/Agencia MS

Economia de Mato Grosso do Sul enfrenta desafios para escoar produção agrícola

O Estado conta com 15 mil quilômetros, que escoam produtos da agroindústria, como aves, suínos, açúcar, milho, soja, celulose e pescados

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