Campo Grande 00:00:00 Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024


Agronegócio Sábado, 12 de Outubro de 2024, 10:11 - A | A

Sábado, 12 de Outubro de 2024, 10h:11 - A | A

Crescimento

Economia de Mato Grosso do Sul foi uma das que mais cresceu em cinco anos

Estado já se consolida como Vale da Celulose no Brasil com cerca de 1,5 milhão de hectares

Elaine Oliveira
Capital News

Mato Grosso do Sul está se diferenciando das demais unidades da federação e proporciona o ambiente mais favorável para a atração de indústrias, empreendimentos e geração de empregos.

Segundo o IBGE, a participação do Estado na economia do país foi uma das que mais cresceu nos últimos anos”. No setor florestal, segundo o Ibá (Instituto Brasileiro de Árvores), dos 280 mil hectares de florestas plantadas que o segmento ganhou em 2023, cerca de 220 mil hectares foram em território sul-mato-grossense. Dos R$ 105 bilhões em investimentos anunciados nos últimos dois anos pelas indústrias de celulose, R$ 70 bilhões são em Mato Grosso do Sul. 

Divulgação

Economia de Mato Grosso do Sul foi uma das que mais cresceu em cinco anos

Secretário da Semadesc, Jaime Verruck

“Nosso Estado já se consolida como o Vale da Celulose no Brasil, com cerca de 1,5 milhão de hectares de eucalipto e seis indústrias: duas da Suzano (Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas); 2 da Eldorado em Três Lagoas; Arauco, em Inocência e Bracell, em Água Clara”, , comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

No setor sucroenergético, Mato Grosso do Sul também se destaca em nível nacional ocupando a quarta posição no ranking de produção de etanol de cana-de-açúcar e a segunda posição na produção do etanol de milho, que juntos somaram 3,8 bilhões de litros na safra passada (75% da cana e 25% do milho) e começa a produzir biometano. A área plantada de cana-de-açúcar no Estado já chega a 800 mil hectares espalhados em 42 municípios, com 20 usinas instaladas e em atividade, respondendo por 120 mil empregos diretos e indiretos e por 16% do PIB (Produto Interno Bruto) Industrial.

“O setor industrial de Mato Grosso do Sul tem mostrado grande expansão, com um aumento de 68% na indústria de transformação entre 2010 e 2020. Isso reforça a capacidade do Estado de atrair investimentos em setores diversificados. Estamos ampliando a nossa prateleira de produtos, partindo pra indústria farmacêutica, cosméticos e outros segmentos. Além disso, buscamos ser uma referência em sustentabilidade, com uma meta ousada de se tornar neutro em carbono até 2030. Somos o primeiro território do mundo a certificar créditos de carbono relacionados à preservação de áreas úmidas, que é o caso do Pantanal. Também realizamos um inventário climático de emissões de gases de efeito estufa”, acrescenta o secretário.

De janeiro a setembro de 2024 já foram aprovados mais de R$ 1,7 bilhão em projetos empresariais e rurais por meio do FCO. Para todo o ano, Mato Grosso do Sul dispõe de R$ 2,41 bilhões disponíveis no Fundo.

Os números oficiais também revelam como o Estado se posiciona no desenvolvimento econômico e sustentável. Em 2023, Mato Grosso do Sul registrou o maior crescimento do PIB do agronegócio no Brasil, com aumento de 32%, ultrapassando estados como Tocantins (25%) e Paraná (22%).

O Estado contribui com 7,6% da produção agropecuária nacional, destacando-se na produção de soja (7,2%), milho (12,3%) e algodão (1,8%). Além disso, é líder em exportação de celulose, respondendo por 24% da produção nacional, o que coloca a produção sul-mato-grossense como uma das principais fornecedoras do mundo para países como China, Estados Unidos e Holanda.

Mato Grosso do Sul lidera o ranking de investimento público per capita no Brasil, com R$ 1.177 investidos por habitante em 2022, um dos maiores atrativos para novos empreendimentos. Além disso, possui uma rede extensa de rodovias (15,4 mil km) e portos, como o Porto Murtinho, que transporta milhões de toneladas anuais, conectando Mato Grosso do Sul ao comércio global. Projetos de expansão portuária e rodoviária, além de parcerias público-privadas para concessão de aeroportos e rodovias, garantem um ambiente propício para o desenvolvimento.

Outro fator que impulsiona a atração de indústrias é a qualidade da mão de obra disponível. Mato Grosso do Sul ocupa a terceira posição em capital humano no Brasil e se destaca pela baixa taxa de desocupação, apenas 3,8%, a terceira menor do país.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS