A partir do dia 16 de setembro de 2024 o plantio da soja está liberado em Mato Grosso do Sul. A expectativa é que para a safra 2024/2025 a área destinada ao cultivo da oleaginosa seja de 4,5 milhões de hectares, um aumento de 6,8%, em comparação à safra de 2023/2024, quando foram destinados 4,2 milhões de hectares no Estado. Com relação à produtividade, a expectativa é de 51,7 sc/ha, aumento de 5,9% em comparação ao ciclo anterior.
Entre os meses de setembro e abril, Mato Grosso do Sul geralmente enfrenta sua estação chuvosa. A presença do fenômeno La Niña torna o volume de chuva incerto na região Centro-Oeste do Brasil. Atualmente, Mato Grosso do Sul está sob influência de um La Niña de intensidade fraca a moderada.
Segundo dados da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS) o custo total foi estimado em R$ 5.987,24 o equivalente a 49,89 sacas por hectare, abaixo do valor estimado pela Aprosoja/MS para a safra anterior 23/24, que foi de R$ 6.170,61, o que demonstra uma redução de 3% no custo total. Porém, mesmo com essa redução, alguns componentes apresentaram aumento comparado à safra passada, como é o caso das sementes (0,3%), tratamento de sementes (4,3%), corretivo de solo (19,6%) e fertilizantes (3,8%).
Apesar do custeio da lavoura ser um dos principais responsáveis pelo aumento no custo de produção anualmente, em vista da variação dos preços dos insumos, as taxas, impostos, depreciação de maquinários, renda da terra, administrativo, assessoria, entre outros, são muito relevantes e devem ser contabilizados nos custos também. As despesas de custeio da lavoura foram estimadas no valor de R$ 3.431,60, o que equivale 28,60 sc/ha. Dentre as despesas com custeio da lavoura, o custo com fertilizantes é o mais representativo, pois é responsável por 32,78% (R$ 1.125,00) ou seja, para seu pagamento são necessárias 9,38 sacas por hectare. Em segundo lugar, encontra-se o material propagativo, que são as sementes, com 16,58% (R$ 568,80) ou 4,74 sacas por hectare.