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Agronegócio Terça-feira, 28 de Maio de 2024, 18:27 - A | A

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Verde

Mato Grosso do Sul apresenta crescimento de 41% em usina de biogás

Esse crescimento exponencial no Estado é parte do resultado do Programa MSRenovável

Layane Costa
Capital News

Divulgação/Semadesc

Mato Grosso do Sul apresenta crescimento de 41% em usina de biogás

Usina de Biometano

Mato Grosso do Sul segue disparado entre as unidades da federação mais representativas do Brasil em relação ao número de usinas de biogás em operação. O Estado saltou de 59 plantas de produção do biocombustível em 2022 para 83 no ano passado, um crescimento de 41%, segundo os dados do Panorama do Biogás no Brasil 2023, elaborado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás).

O Brasil registrou a operação de 338 novas plantas de biogás e biometano, segundo o CIBIogás, o que representa um aumento de 32% em relação a 2022, totalizando 1.365 plantas cadastradas atualmente no país, responsáveis pela produção de 4,6 bilhões de metros cúbicos de biogás por ano, a partir de substratos como os resíduos da Agropecuária, da Indústria e Esgoto. A maior parte do biogás é utilizada na geração de Energia Elétrica (86%) e de Energia Térmica (9%); na purificação para gerar o Biometano (3%) e em Energia Mecânica (0,4%).

Esse crescimento exponencial no Estado é parte do resultado do Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica (MSRenovável), implementado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Além do fomento ao uso do biocombustível para geração de energia elétrica, ainda, o governo incentiva a produção do biometano, que é a purificação do biogás, buscando a meta de obter o reconhecimento internacional de Mato Grosso do Sul como Estado Carbono Neutro até 2030.

Divulgação/Semadesc

Mato Grosso do Sul apresenta crescimento de 41% em usina de biogás

Visita Jaime Verruck

Segundo os dados da CIBiogás, três plantas de produção de biometano já estão em operação no Estado, com capacidade total instalada de 8,16 milhões de Nm³/ano (metros cúbicos normais, ao ano). Já estão em operação as usinas: da Adecoagro, em Ivinhema com capacidade de 2,4 milhões de Nm³/ano; a JBS, em Campo Grande, com capacidade de 1,38 milhão de Nm³/ano e a SF Agropecuária, no município de Brasilândia, com capacidade de 4,38 milhões de Nm³/ano.

Ainda, uma quarta unidade no Estado foi anunciada pela Atvos, com capacidade instalada de 28 milhões de metros cúbicos de biometano. Ela será instalada em Nova Alvorada do Sul, onde a companhia já possui uma planta responsável pela produção de etanol e deve receber investimentos de R$ 350 milhões.

Incentivo para o biogás e biometano

Na 2ª edição do Programa "Baixar Impostos para fazer dar certo", o governador Eduardo Riedel assinou um decreto que beneficia o biogás e o biometano com uma redução da base de cálculo do ICMS, passando a ter uma carga tributária de 12% (saídas internas), com crédito outorgado de 85% (saídas internas) e 90% nas saídas interestaduais.

“O biogás e o biometano, extraído da vinhaça nas usinas de cana-de-açúcar ou do tratamento de dejetos da suinocultura e da bovinocultura, são o nosso principal potencial de combustível renovável. A utilização dessa matriz energética já é realidade em veículos de transporte de carga”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

“Mato Grosso do Sul foi a primeira unidade da federação a regulamentar a produção de biometano, facilitando a atuação da msgás na compra e distribuição deste gás renovável. A estratégia do Governo do Estado é fomentar a ampliação do uso, tanto do biogás para a produção de energia elétrica, quando do processo de purificação, para obtenção do biometano, inclusive para que esse biocombustível possa ser ofertado na rede pela msgás, como GNV”, acrescenta.

Ampliar a oferta de GNV é um pilar do plano de expansão da msgás, apoiado pelo Plano Estadual de Controle da Poluição e Desenvolvimento Tecnológico. Os incentivos incluem isenção de IPVA, redução de ICMS e bônus para abastecimento. O projeto “Corredores Azuis” visa a eficiência e sustentabilidade do transporte pesado, com pontos estratégicos de abastecimento para caminhões movidos a GNV e biometano, consolidando a tecnologia e reduzindo emissões de poluentes.

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