A última semana foi de alta volatilidade no mercado de soja no Brasil, com o clima, o câmbio e as exportações internacionais influenciando os preços da commodity. A plataforma Grão Direto destacou que as chuvas irregulares no Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, prejudicaram a colheita, enquanto o Centro-Oeste, com condições climáticas mais favoráveis, teve um ritmo de colheita mais rápido, o que impactou a movimentação do mercado.
A flutuação do câmbio também foi um fator importante, com o dólar atingindo sua mínima do ano, cotado a R$5,72, após decisões econômicas nos EUA e no Brasil. Isso resultou em uma leve queda nos preços internos da soja, com os contratos para maio de 2025 e março de 2026 fechando em queda, refletindo a volatilidade cambial.
No lado das exportações, os Estados Unidos sofreram uma queda significativa nas vendas externas, com uma diminuição de 53% em relação à semana anterior. Essa redução tem beneficiado a soja brasileira, que tem uma safra recorde e tem ganhado competitividade, especialmente com a China como principal destino das exportações. O Brasil também se beneficia da disputa comercial entre os EUA e outros países.
As exportações brasileiras continuam em alta, apesar de estarem 26% abaixo do acumulado de janeiro e fevereiro de 2024. O aumento nas exportações diárias, de 35,7% em relação ao ano passado, indica que o Brasil pode alcançar 17 milhões de toneladas exportadas até o final de março. O mercado permanece atento à safra dos EUA e ao impacto das tarifas e da guerra comercial, que podem gerar novas incertezas e oportunidades para o produtor brasileiro.