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Agronegócio Quinta-feira, 27 de Março de 2025, 09:25 - A | A

Quinta-feira, 27 de Março de 2025, 09h:25 - A | A

Crescimento Global

JBS avança nas unidades de negócios, destacando o desempenho de frangos e suínos

O Ebitda ajustado de 2024 alcançou R$ 39 bilhões, com em relação a 2023

Vivianne Nunes
Capital News

A JBS apresentou no ano de 2024, um de seus melhores resultados, com melhoria de performance em todas as unidades de negócios na comparação com 2023. Globalmente, o desempenho foi puxado por frangos e suínos. Em momento mais favorável do ciclo na comparação com os Estados Unidos, o desempenho da carne bovina no Brasil e na Austrália também se destacou.

Destaque para o desempenho operacional. O Ebitda ajustado de 2024 alcançou R$ 39 bilhões, com margem Ebitda de 9,4%, salto de 128% e um aumento de 4,7 pontos percentuais na margem em relação a 2023. No quarto trimestre, o Ebitda ajustado foi de R$ 10 bilhões, 111% superior ao mesmo período do ano anterior, com margem Ebitda de 9,2% (aumento de 3,9 pontos percentuais).

A geração de caixa livre da JBS alcançou R$ 13 bilhões em 2024 e R$ 5,3 bilhões no quarto trimestre, com crescimentos de 609% e 22%, respectivamente, em comparação com os períodos correspondentes de 2023. O lucro líquido do ano fechou em R$ 9,6 bilhões, enquanto o quarto trimestre registrou ganho de R$ 2,4 bilhões. A Companhia também reduziu a dívida líquida em US$ 1,7 bilhão, encerrando o ano em US$ 13 bilhões (R$ 84 bilhões).

"Em 2024, observamos um progresso consistente em todas as nossas unidades de negócio. Esse desempenho comprova a eficácia da nossa estratégia de atuação como uma plataforma global diversificada, tanto em proteínas como em geografias, impulsionada por marcas fortes e um portfólio de produtos de maior valor agregado. Além disso, mantemos o foco na excelência operacional, sustentada pela dedicação de nossos colaboradores", afirma via assessoria Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.

Divulgação/JBS

Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS

Observamos um progresso consistente em todas as nossas unidades de negócio em 2024, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS

Nas unidades de aves e suínos, como Seara e Pilgrim's, a Companhia se beneficiou do aumento da demanda por proteínas nos mercados doméstico e internacional, além de melhorias na execução comercial e operacional e expansão do portfólio de valor agregado. A JBS Pork também registrou aumento no volume comercializado ao longo do ano.

No segmento de carne bovina, a JBS Brasil e a JBS Austrália se destacaram pelo crescimento da demanda no mercado internacional pela carne in natura, e no mercado doméstico, num momento favorável do ciclo pecuário. A JBS Beef North America obteve margem positiva no ano focando a otimização do portfólio, aumento do rendimento por carcaça e maximização da eficiência fabril.

A JBS encerrou 2024 com uma alavancagem em dólar reduzida, de 4,42x para 1,89x (dívida líquida/Ebitda). A Companhia fechou o ano com R$ 35 bilhões em caixa e US$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas (equivalentes a R$ 20 bilhões).

Ao longo do ano, a JBS e suas subsidiárias emitiram mais de R$ 2,3 bilhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e criaram seu primeiro programa de Notas Comerciais, para emissão de até US$ 1 bilhão, diversificando suas fontes de captação de recursos.

"Conforme previsto no terceiro trimestre de 2024, alcançamos uma alavancagem abaixo de 2x, e os resultados do ano confirmam a solidez da nossa plataforma. Estamos otimistas que a diversificação geográfica e multiproteínas continuarão proporcionando crescimento e retorno para os nossos acionistas”, afirma Guilherme Cavalcanti, CFO da JBS.

A Companhia pagou dividendos aos acionistas no montante de R$ 6,6 bilhões em 2024 e reabriu o programa de recompra de ações em setembro de 2024, para aquisição de cerca de 10% das ações em circulação, visando maximizar a geração de valor ao acionista.

Ainda no campo financeiro, com prazo de vencimento de 30 anos, a emissão de um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) da Seara teve a negociação de dívida mais longa no mercado de capitais brasileiro. Neste começo de ano, os bonds da JBS apresentados ao mercado em 6 de janeiro registraram o menor spread corporativo da história no país.

Crescimento em todas as unidades de negócio

A Seara apresentou um forte desempenho em 2024. O Ebitda ajustado alcançou R$ 8,4 bilhões, aumento significativo de 366% em relação ao ano anterior, com a margem em 17,7%, crescimento de 13,4 pontos percentuais na comparação anual. A receita líquida da Seara alcançou R$ 47 bilhões, aumento de 15% em relação a 2023. No quarto trimestre de 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 2,6 bilhões, margem de 19,8%, e a receita líquida foi de R$ 13 bilhões.

A Pilgrim's gerou US$ 2,2 bilhões (R$ 14 bilhões) em Ebitda ajustado. Esse valor representa um crescimento de 114% em relação ao ano anterior, com a margem Ebitda de 12,4%, aumento de 6,4 pontos percentuais na comparação anual, e a receita líquida alcançou US$ 17 bilhões (R$ 96 bilhões), um aumento de 3% em relação a 2023. No quarto trimestre de 2024, o Ebitda ajustado foi de US$ 525 milhões (R$ 3,8 bilhões), a margem Ebitda foi de 12%, e a receita líquida foi de US$ 4,3 bilhões (R$ 25 bilhões).

A operação da JBS USA Pork registrou crescimento consistente de 76% ante 2023, no Ebitda ajustado, que fechou o último ano em US$ 830 milhões (R$ 5,8 bilhões). A margem Ebitda evoluiu 4,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior, para 10,2%, e a receita líquida aumentou 5,2% em relação a 2023, para US$ 8,1 bilhões (R$ 43,8 bilhões). No quarto trimestre de 2024, o Ebitda ajustado foi de US$ 192 milhões (R$ 1,6 bilhão), a margem Ebitda foi de 9,6%, e a receita líquida foi de US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões).

A JBS Austrália apresentou, em 2024, Ebitda ajustado de US$ 582 milhões (R$ 3,6 bilhões), crescimento de 37,4% em relação ao ano anterior, com margem Ebitda de 8,8%, aumento de 2,0 pontos percentuais na comparação anual. A receita líquida foi de US$ 6,6 bilhões (R$ 36 bilhões), um aumento de 7,1% em relação a 2023. No quarto trimestre de 2024, o Ebitda ajustado foi de US$ 104 milhões (R$ 819 milhões), a margem Ebitda foi de 5,9%, e a receita líquida foi de US$ 1,7 bilhão (R$ 10 bilhões).

De janeiro a dezembro do ano passado, a JBS Brasil cresceu 126% na comparação com 2023, no Ebitda ajustado, que alcançou R$ 5,3 bilhões. A margem Ebitda avançou 3,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo 7,7%, e a receita líquida aumentou 23% em relação a 2023, para R$ 68 bilhões. No quarto trimestre de 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,3 bilhão, a margem Ebitda, de 6,6%, e a receita líquida foi de R$ 20 bilhões.

Em 2024, a JBS Beef North America teve Ebitda ajustado de US$ 146 milhões, crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior, margem Ebitda de 0,6%, aumento de 0,5 ponto percentual na comparação anual, e receita líquida de US$ 24 bilhões (R$ 131 bilhões), aumento de 4,2% em relação a 2023. No quarto trimestre de 2024, o Ebitda ajustado foi de US$ 82 milhões (R$ 647 milhões), a margem Ebitda foi de 1,3%, e a receita líquida foi de US$ 6,3 bilhões (R$ 37 bilhões).

Divulgação/JBS

JBS USA Pork 2025

A operação da JBS USA Pork registrou crescimento consistente de 76% ante 2023

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