Bruno Chaves/Arquivo Capital News

Eucalipto apresentou aumento significativo de área plantada no Mato Grosso do Sul
A equipe técnica da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) percorreu mais de 26,8 mil quilômetros para realizar o levantamento de Uso e Ocupação do Solo da 2ª safra 2023/2024, que identificou 12 culturas no estado. Segundo o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, a queda na área dedicada ao milho foi um dos destaques do estudo.
“Outro fator que contribuiu [para a redução] foi a relação de troca entre o custo e o preço pago pela saca de milho. Atualmente, essa cultura está perdendo força no estado", explicou Balta.
O milho, que ocupava 2,3 milhões de hectares na segunda safra 2022/2023, caiu para 2,1 milhões na safra 2023/2024, passando de 6,6% para 5,9% da área total do estado. A ocupação da área de soja pelo milho na segunda safra reduziu-se para 50%, ante 73% na safra 2018/2019.
Os municípios com maior cultivo de milho foram Itaporã (60,3%), Maracaju (49,4%), Douradina (49,2%) e Aral Moreira (48,2%).
Por outro lado, o eucalipto apresentou aumento significativo, saltando de 1,3 milhões de hectares em 2022/2023 (3,8% da área total) para 1,5 milhões em 2023/2024 (4,4%). Municípios como Selvíria (32,7%) e Três Lagoas (30,6%) lideraram o cultivo.
Já a cana-de-açúcar registrou crescimento tímido, passando de 903 mil hectares para 916 mil, representando 2,6% da área total de MS. Vicentina (36%) e Ivinhema (31,2%) foram os municípios com maior produção.