Brasil terá mais recursos no setor agropecuário. As mudanças na linha de crédito Procapcred, com o acréscimo de R$ 2 bilhões no orçamento, além da ampliação da linha de crédito em dólar e da captação de R$ 808 milhões em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) que vão reforçar as condições do BNDES para financiar o setor em situações mais favoráveis, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta sexta-feira (2).
Na linha Procapcred, criada em 2006 para fortalecer a estrutura patrimonial das cooperativas de crédito, junto ao acréscimo de recursos, o BNDES estendeu a vigência até o fim de 2025. Nessa linha de crédito, o financiamento é oferecido diretamente aos associados para aquisição de cotas-partes do capital de cooperativas singulares de crédito.
Outra mudança foi no rol de clientes atendidos, que anteriormente era restrito às pessoas jurídicas cooperadas e pessoas físicas caracterizadas como cooperados autônomos e agora, chegou a qualquer cooperado pessoa física de uma cooperativa de crédito ou de banco cooperativo, desde que natural residente e domiciliada no Brasil.
O limite de financiamento de R$ 30 mil passou para até R$ 100 mil por cliente a cada dois anos, com redução de taxas e alongamento de prazos, sendo que o foco está principalmente em cooperados das regiões Norte e Nordeste. O presidente do BNDES disse que, por causa da influência dos imigrantes europeus, o sistema de cooperativas é mais procurado na região Sul e o BNDES quer que seja expandido também no norte e nordeste.
Para clientes dessas regiões, a remuneração básica do BNDES caiu de 1,1% ao ano (a.a.) para 0,8% a.a., e o prazo máximo do financiamento pode ser de até 15 anos. Nas demais regiões, o prazo limite foi estendido de 10 anos para 12 anos e a carência do programa para todos os financiamentos permaneceu em até dois anos. As cooperativas de produtores de leite terão direito a uma linha de crédito emergencial de R$ 707 milhões.
Investimentos no Mato Grosso do Sul
A deliberação da reunião do CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo Fundo de Investimento do Centro-Oeste), no FCO Rural, a divisão dos recursos em subsetores ficou da seguinte forma: R$ 6,022 milhões para aquisição de bovinos, R$ 4,3 milhões para retenção de bovinos, R$ 23,3 milhões para suínos, R$ 66 milhões para avicultura, R$ 1,9 milhões para armazéns, R$ 489 mil para construção, R$ 39,6 milhões para reforma de pastagens, R$ 2,3 milhões para energia fotovoltaica e R$ 7,9 milhões para irrigação, informou o Secretário da Semadesc, Jaime Verruck.
Para 2024, o FCO terá mais de R$ 2,4 bilhões, sendo metade do valor para o FCO Rural e metade para o Empresarial.