A intensificação das tensões comerciais entre China e Estados Unidos tem aquecido a demanda internacional por soja brasileira — e Mato Grosso do Sul desponta como um dos grandes beneficiados. Presidente Lula cita efeito devastador e briga pessoal de Trump com a China. O estado, que tem a China como principal destino das exportações do grão, avança em ritmo acelerado na colheita da safra 2024/2025 e projeta uma das maiores produções da sua história.
Segundo dados do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS, até o dia 4 de abril, 96,4% da área total de soja já havia sido colhida no estado, o que representa aproximadamente 4,3 milhões de hectares. As regiões sul e centro lideram os trabalhos, com 97,5% e 96,8% das áreas colhidas, respectivamente. A região norte acompanha com 91,2%.
Apesar do desempenho expressivo, a safra enfrentou desafios climáticos. Estresse hídrico afetou 52% da área plantada — cerca de 2,3 milhões de hectares —, principalmente nas lavouras semeadas entre setembro e meados de outubro. A escassez de chuvas em janeiro, período crucial para o enchimento dos grãos, comprometeu parte do potencial produtivo.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima um crescimento de 3,1% na área plantada em relação à safra anterior, chegando a 4.253,4 mil hectares. A produtividade média também deve crescer 12,6%, alcançando 3.180 kg por hectare. Com isso, a produção total esperada é de 13.525,8 mil toneladas — alta de 16,1% em relação à safra 2023/24.