Divulgação/Sindicato Rural
O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Alessandro Coelho
Depois de enfrentar desafios intensos, o agronegócio de Mato Grosso do Sul inicia 2025 com perspectivas promissoras. Conforme o Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), o ano anterior foi marcado por dificuldades como questões climáticas, queda na produtividade e desvalorização de grãos no mercado internacional. No entanto, sinais de recuperação e otimismo moderado indicam que este novo ciclo pode ser de crescimento e consolidação para o setor.
O presidente do SRCG, Alessandro Coelho, destacou que a resiliência dos produtores, somada aos avanços tecnológicos e à ampliação do compromisso com a sustentabilidade, cria um cenário favorável para o agronegócio estadual. Ele ressaltou que a união entre produtores, cooperativas e políticas públicas robustas são os pilares que permitirão superar adversidades e aproveitar as oportunidades. “Com uma visão estratégica e crescimento consolidado, 2025 será um ano de conquistas para o agro sul-mato-grossense”, afirmou.
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Presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc
O economista Staney Barbosa, também do SRCG, reforça que o momento exige cautela. Ele enfatiza que 2025 deve ser pautado por planejamento estratégico e foco na eficiência. “A lição de 2024 é clara: é preciso ponderar riscos e manter o compromisso de produzir alimentos e gerar qualidade de vida. A recuperação oferece boas chances, mas os produtores precisam manter uma gestão eficaz e estar atentos às condições de mercado”, alertou Barbosa.
No setor de grãos, as expectativas para a safra 2024/2025 são positivas. Condições climáticas mais favoráveis e a possível valorização da soja animam os produtores. Jorge Michelc, presidente da Aprosoja/MS, acredita que a demanda internacional por soja deve crescer, possibilitando a recuperação dos preços, que podem variar entre R$ 115,00 e R$ 130,00 por saca. No caso do milho, o mercado doméstico continua a sustentar os preços, mesmo diante da redução nas exportações, garantindo estabilidade para os agricultores.
Suinocultura em desenvolvimento
Outros segmentos também trazem boas notícias. A suinocultura vive um momento de recuperação, com previsão de crescimento de 20% na produção estadual, impulsionada por preços remuneradores e avanços estruturais, como a inauguração da primeira Unidade de Disseminação de Genes no estado, da Multinacional Agroceres em Campo Grande. Já a pecuária de corte espera impulsionar as exportações com a reabertura de mercados como China e União Europeia, enquanto o setor florestal continua consolidado como referência nacional, com o potencial anúncio de novos investimentos industriais. Assim, 2025 desponta como um ano de esperança e crescimento para o agronegócio sul-mato-grossense.
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Atividade leiteira está presente em três polos de Mato Grosso do Sul
Pecuária de Corte & Gado de Leite
Mesmo em um cenário competitivo, a carne bovina segue como um dos grandes destaques do agronegócio estadual. A reabertura de mercados como China e União Europeia promete impulsionar as exportações, que devem atingir 2,4 milhões de toneladas, um aumento de 8% em relação a 2024, conforme dados da Abrafrigo.
E apesar da valorização da proteína, há projeções para o ano que se inicia que possíveis quedas, mas tudo dependerá do desempenho do mercado.
O mercado de leite apresentou comportamento positivo ao longo do ano, com altas mensais consistentes que superaram 7%, permitindo a recomposição de margens para pequenos e médios produtores, chegando a valores pouco vistos no país, na casa dos R$3,00 por litro, pago ao produtor. No entanto, o aumento no preço dos grãos e a normalização das chuvas em 2025 podem elevar a oferta de leite, pressionando os preços.
Setor florestal - Celulose
Mato Grosso do Sul mantém seu status de destaque como maior produtor e exportador de celulose no Brasil, graças à ampla expansão das áreas de cultivo de eucalipto e à instalação de indústrias de grande porte no setor. A possível oficialização da fábrica da Bracell, poderá ser a notícia do setor florestal em 2025. Ainda que não oficial, a possível instalação pode impulsionar ainda mais a economia local, gerando novos empregos e consolidando a posição estratégica do estado no mercado global de celulose. E ainda, o projeto reforça o potencial do estado em atrair investimentos significativos, mantendo sua relevância no cenário nacional e internacional da indústria florestal.
Saul Schramm/Governo MS
Rota da Celulose em Mato Grosso do Sul
