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Educação

Ato reúne 5 mil profissionais da educação em defesa da escola pública em Campo Grande

Presidente da ACP destaca importância da mobilização e cobra diálogo dos poderes públicosreuniu profissionais em Campo Grande e segue com ações até o dia 29

Vivianne Nunes
Capital News

Cerca de 5 mil professores e trabalhadores da educação tomaram a Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, nesta quarta-feira (23), em um grande ato pela valorização da educação pública. A manifestação integra a 26ª Semana Nacional de Promoção e Defesa da Educação Pública, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e coordenada pela Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e ACP (Associação Campo-grandense de Professores).

Entre as principais reivindicações estão o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, a realização de concursos públicos e o fim da terceirização no ensino. Segundo a Fetems, 49% dos professores da rede estadual atuam como temporários, o que compromete a estabilidade e a qualidade do ensino ofertado à população.

O presidente da ACP, professor Gilvano Bronzon, usou as redes sociais para reforçar a importância do movimento. “São mais de cinco mil pessoas nas ruas entre professores e administrativos para defender o não à terceirização. A verba pública tem que ser usada na escola pública para oferecer um serviço público a quem mais precisa, o chamamento do concurso público e a realização onde ainda não tem. Nós lutamos muito para conquistar o nosso piso e a nossa carreira e vamos continuar insistindo no cumprimento da nossa valorização, entre outras pautas locais”, afirmou.

Bronzon também cobrou abertura de diálogo com as autoridades. “Nós sabemos da grande dificuldade que a gente encontra nas salas de aulas todos os dias e essas pautas também são relevantes. É por isso que a ACP cada vez mais forte, a Fetems, cada vez mais representativa e com qualidade precisa de você. Colocar os poderes públicos, Estado e Município: debatam com a categoria, ouçam e atendam as propostas que a educação precisa.”

O protesto contou com a participação de educadores da Capital e de municípios do interior, que se mobilizaram por meio de caravanas. As atividades seguem até segunda-feira (29), com visitas a câmaras municipais, mobilizações em escolas e uma campanha de doação de sangue.

A paralisação desta quarta-feira afetou cerca de 290 mil estudantes, sendo 180 mil da rede estadual e 110 mil da rede municipal de Campo Grande. Os sindicatos reforçam que a mobilização é pacífica e tem como foco a valorização dos profissionais da educação e o fortalecimento da escola pública.

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