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Esporte Quarta-feira, 25 de Junho de 2008, 09:32 - A | A

Quarta-feira, 25 de Junho de 2008, 09h:32 - A | A

Segundo deputado multa da Enersul dá razão a CPI

Da Redação- (DA)

Relator da CPI da Enersul, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) ocupou a tribuna para comentar dois assuntos. O primeiro foi a multa milionária aplicada pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Agepan) na Empresa Energética de Mato Grosso do Sul. O segundo é a reunião, amanhã, entre os deputados, o governador e o novo proprietário da empresa, o Grupo Rede.

Sobre a multa, equivalente a R$ 6,5 milhões, que representa 0,7% da receita da empresa, o parlamentar afirmou que deu razão ao trabalho realizado pela CPI. A comissão já tinha apontado o problema.

Conforme a Agepan, a Enersul foi multada porque tentou alterar os índices de DEC (Desligamentos) e FEC (Freqüência de Desligamentos) da concessionária. Para Trad, houve descumprimento das decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), transgressão e desleixo por parte da Enersul.

O deputado comentou ainda sobre a reunião do governador com os deputados e o Grupo Rede. Ele disse que quer saber quais as intenções dos novos acionistas da Enersul? Destacou ainda que o grupo está entrando pelas portas dos fundos. Segundo Trad, o valor da venda da Enersul teria ficado em torno de R$ 1,1 bilhão a R$ 2,5 bilhões.

Ele destacou que a Enersul se comprometeu a investir R$ 180 milhões no Estado e a consultar o legislativo sobre as obras a serem realizadas. Frisou ainda a devolução dos R$ 191 milhões cobrados indevidamente dos consumidores do Estado entre 2003 e 2008.

Para o presidente da CPI da Enersul e da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), uma nova CPI deveria ser instalada só para investigar a venda da Enersul pelo Grupo EDP para o Grupo Rede. Ele classificou o negócio como negociata na calada da noite.

Paulo Duarte, líder do PT, também considerou estranha a negociação. Ele citou outras privatizações que não deram certo, como a venda da Águas em Campo Grande (para os espanhóis e repassada ao grupo Bertin/Equipav) e da ferrovia (Noel Group, Novoeste e América Latina Logística).(Com Assessoria)

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