Na manhã desta quarta-feira (25), os ministros da Agricultura do Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, iniciaram no EcoSesi, Observatório Socioambiental, localizado no município de Bonito (MS).
- Saiba mais
- Ministros que compõem o Brics chegam ao Brasil
- Presidente da Famasul entrega relatório econômico a ministros do Brics
- Reunião da BRICS põe MS no centro da discussão agropecuária
- Ministros do Brics fazem tour em EcoSesi de Bonito
- Em carta, representantes do Brics apoiam agricultura sustentável
- Bonito sediará encontro internacional de Ministros da Agricultura do Brics
- Mato Grosso do Sul é vitrine em sustentabilidade, afirma Jaime Verruck
Em discurso de abertura da nona reunião do grupo, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu regras no comércio internacional que permitam equidade entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
“Um comércio agrícola de fato livre e justo permitiria, sem dúvida, a disseminação de melhoria das condições no campo, onde está concentrada a maior parte da pobreza no mundo. Desencadearia, ademais, outro ciclo virtuoso, em que maior produção descentralizada garantiria maior acesso a alimentação e nutrição adequadas”, disse em discurso para os colegas, reunidos no EcoSesi Observatório Socioambiental. A ministra reafirmou que as medidas protecionistas e subsídios adotados pelas nações desenvolvidas ameaçam o crescimento da agricultura em países com menor poder econômico.
Primeiro a falar, o vice-ministro da Rússia, Sergey Levin, destacou a importância do desenvolvimento rural no país, já que várias famílias ainda buscam garantia da segurança alimentar. O secretário do ministério indiano, B. Pradhan, informou que uma das prioridades é alcançar a segurança alimentar com sustentabilidade e que o Brics precisa aprimorar as relações entre os integrantes para chegar a esse objetivo. Atualmente, o setor agrícola é responsável por empregar 58% dos indianos.
Para o vice-ministro da China, Taolin Zhang, o Brics pode ser um importante ator na redução da pobreza mundial. Na China, a meta é zerar a pobreza até 2030. O país defende uma reforma no comércio agrícola para ampliar a produção, melhorar a infraestrutura, promover a inovação tecnológica e conectividade. Zhang disse ainda que o Brics deve se posicionar contra o “protecionismo negativo”.
O vice-ministro da África do Sul, Mcebisi Skwatsha, ressaltou a necessidade de aprimorar a cooperação agrícola entre os países. Segundo o representante, os sul-africanos estão comprometidos em aumentar a produção junto com sustentabilidade, priorizando carnes, grãos, frutas, legumes e vinhos. O país tenta retomar produção após enfrentar queda no volume por causa de uma estiagem severa.