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Opinião Sábado, 15 de Fevereiro de 2025, 18:15 - A | A

Sábado, 15 de Fevereiro de 2025, 18h:15 - A | A

Opinião

A Lei da Ficha Limpa é uma conquista da sociedade

Por Júlio César Cardoso*

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“A oposição decidiu apostar em uma articulação para alterar
a Lei da Ficha Limpa e reduzir o tempo de inelegibilidade de oito para dois anos. De autoria do deputado bolsonarista Bibo Nunes (PL-RS), a proposta diz que o prazo passaria a contar a partir da eleição
que ensejou a punição. A ideia é abrir caminho para o ex-presidente Jair Bolsonaro disputar o pleito de 2026. O projeto traz a assinatura de 73 deputados, a maioria do PL, mas também do MDB, Patriota, PP, PSD e Republicanos, partido do novo presidente da Câmara,
Hugo Motta. E tende a ganhar a simpatia de outros partidos, já que a inelegibilidade atinge políticos de todos os espectros. (g1).”
O Deputado Bibo Nunes simboliza a vergonha do povo gaúcho. Trata-se de político suplente sem qualidade para representar o Rio Grande do Sul no Congresso Nacional.

O deputado, ao incitar as “viúvas” do inelegível Jair Bolsonaro a mudar as regras da Lei da Ficha Limpa, demonstra o seu espírito impatriótico de desrespeitar as normas democráticas.

A Lei da Ficha Limpa é uma conquista da sociedade e um exemplo de moralidade pública, cujo predicado falta ao caráter desse inexpressivo parlamentar.

A população brasileira (apartidária), defensora do Estado Democrático de Direito, não permitirá que parlamentares relapsos e descompromissados com a moralidade pública alterem a Lei da Ficha Limpa.

O deputado Bibo Nunes deveria exercer o mandato com lealdade às disposições constitucionais e não subverter as suas funções para defender interesses políticos de ex-presidente da República, ainda insatisfeito com a derrota legítima sofrida nas urnas.

É lamentável que o parlamentar se esqueça dos grandes problemas que afligem o Rio Grande do Sul em decorrência das recentes inundações e venha se preocupar com a inelegibilidade sacramentada pela Justiça de Jair Bolsonaro.

Em vez disso, o deputado deveria mostrar total solidariedade às causas do Rio Grande do Sul, apresentando e defendendo proposta de soerguimento do Estado, bem como se preocupar em encontrar meios de minorar a vida sofrida de milhões de pessoas carentes,
desempregadas, sem lares e passando fome.

O Parlamento não pode se transformar em circo de atores mambembes. O Congresso foi instituído para votar as leis de interesse social, da nação e não para facilitar a vida de políticos corruptos, indecorosos e com ficha suja.


*Júlio César Cardoso
Servidor Federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

 

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