Quando iniciamos mais um ano, temos a tendência de planejarmos o que faremos no novo ano, e esperamos que o ano que se iniciou seja melhor que o ano que passou. Planejamos mudanças em nossas ações antigas, planejamos novas coisas para serem feitas ao longo do ano que se iniciou, na busca de que o ano que começou seja melhor que o ano que terminou.
Mas, a realidade de muitas pessoas já deixou claro, ao longo dos anos, que os planos de início de ano, geralmente, não duram até o meio do ano, isso, quando muito.
Isso acontece porque, na maioria das vezes, queremos “mudar” nossas vidas sem mudar a nós mesmos, sem mudar o nosso interior, sem mudar nossa essência.
Muitos acreditam que apenas a mudança externa já é suficiente para transformar a realidade ao seu redor. Mas a verdade é que, sem uma mudança profunda na forma de pensar e agir, qualquer transformação será apenas superficial e temporária. Assim como um edifício não pode permanecer de pé se os alicerces estiverem comprometidos, uma vida nova não pode ser sustentada se não houver uma renovação completa do ser. O erro de muitos está em tentar reformar suas atitudes sem reformar seu coração, buscando resultados sem antes estabelecer as bases sólidas que os sustentam.
Quando isso acontece, quando queremos mudar nossas vidas e ações sem mudar o nosso interior, as mudanças feitas tendem a não durar, de forma que, mais dia, menos dia, nós e nossas vidas acabamos voltando a ser o que éramos antes e, quando chega o outro fim de ano, planejamos de novo, para, no próximo, darmos com os burros n’água mais uma vez, pois nenhuma mudança é duradoura se nós continuarmos a ser as mesmas pessoas, com a mesma mentalidade, com os mesmos interesses, os mesmos desejos e ambições.
Por isso, Jesus diz a seus discípulos que eles, e nós, deveríamos nascer de novo, destacando que a mudança interior deve ser completa e radical, abarcando todas as áreas de nossa vida.
A verdadeira mudança não pode ser apenas um desejo momentâneo motivado por circunstâncias passageiras, mas um compromisso com um novo modo de viver. O mundo nos oferece constantemente atalhos para mudanças fáceis e imediatas, mas esses atalhos não transformam a essência de quem somos. A metanoia proposta por Cristo exige renúncia, entrega e um realinhamento de nossas prioridades. Somente aqueles que estão dispostos a abandonar suas antigas convicções e adotar um novo coração podem experimentar uma transformação genuína e permanente.
Jesus, e o cristianismo, destacam a experiência do novo nascimento como extremamente necessária para a salvação, pois, somente através desse novo nascimento, dessa mudança de mente – Metanoia – é que nossas ações serão mudadas de verdade, pois, tal mudança não afeta somente nossos atos e ações exteriores, mas afeta e muda nossas intenções e, com isso, nossos propósitos e, como consequência, as nossas vidas.
Então, para esse ano, se desejamos uma vida nova, que nos trará um ano verdadeiramente novo, a fórmula mais exata a ser aplicada é a de Jesus: nascer de novo. Nascer da água e do Espírito e, como consequência, ter a mente mudada, ter uma nova forma de enxergar a vida e o mundo, nos permitindo ter uma vida nova e, como consequência, a vida eterna.
*Wanderson R. Monteiro
Autor dos livros “Cosmovisão em Crise: A Importância do Conhecimento Teológico e Filosófico Para o Líder Cristão na Pós-Modernidade”, “Crônicas de Uma Sociedade em Crise”, “Atormentai os Meus Filhos”, e da série “Meditações de Um Lavrador”, composta por 7 livros.
Dr. Honoris Causa em Literatura e Dr. Honoris Causa em Jornalismo.
Bacharel em Teologia, graduando em Pedagogia.
Acadêmico correspondente da FEBACLA. Acadêmico fundador da AHBLA. Acadêmico imortal da AINTE.
Autor de 10 livros.
Vencedor de 4 prêmios literários. Coautor de 15 livros e 4 revistas.
(São Sebastião do Anta – MG)
• • • • •
A veracidade dos dados, opiniões e conteúdo deste artigo é de integral responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Capital News |