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Justiça Domingo, 29 de Dezembro de 2024, 09:09 - A | A

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Campo Grande

Justiça nega acordo para empresário acusado de matar motoentregador em acidente de trânsito

Arthur Torres Navarro responde por homicídio culposo após acidente em Campo Grande

Elaine Oliveira
Capital News

A Justiça rejeitou o pedido de acordo para extinção do processo contra o empresário Arthur Torres Navarro, acusado de provocar o acidente que matou o motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, em março deste ano, em Campo Grande. O caso envolve um Porsche avaliado em mais de R$ 1,2 milhão, que estaria a 89 km/h no momento do acidente.

O pedido de não persecução penal, apresentado pela defesa do empresário em 16 de novembro, foi negado pelo Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, que considerou o acordo inadequado devido à gravidade do crime de homicídio culposo.

O Ministério Público apontou que, apesar de a defesa alegar colaboração com as investigações, Arthur teria fugido do local sem prestar socorro à vítima. Ele foi identificado apenas 14 dias após o acidente, período em que o veículo danificado foi ocultado na casa do irmão e só levado para conserto oito dias depois.

Em decisão de 29 de novembro, a juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, determinou a venda antecipada do carro de luxo. O veículo havia sido apreendido em abril, com base na denúncia de que foi usado para a prática dos crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro. A solicitação da família de Arthur para devolução do Porsche foi negada.

No último dia 16, Arthur protocolou novo pedido de acordo para encerrar o processo, mas o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) indeferiu a solicitação, argumentando que o empresário não atende aos critérios legais para a medida, especialmente pela gravidade das circunstâncias e a necessidade de repreensão adequada ao delito.

O caso segue tramitando na Justiça, reforçando a exigência de responsabilização em crimes de trânsito que resultam em mortes.

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