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Judiciário Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2025, 18:09 - A | A

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Golpe de Estado

Três militares de Mato Grosso do Sul são denunciados por tentativa de golpe junto com Bolsonaro

A denúncia afirma que Bolsonaro e seus aliados, incluindo generais e assessores, ajudaram a deflagrar o plano golpista

Viviane Freitas
Capital News

Três militares com ligação com Mato Grosso do Sul estão entre os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento na tentativa de golpe, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro. A denúncia foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que pode tornar os acusados réus. A acusação envolve, além de Bolsonaro, ex-ministros de Defesa e militares de destaque no Comando Militar do Oeste (CMO), como Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Walter Souza Braga Netto.

Entre os denunciados, está o Cel Bernardo Romão Corrêa Netto, e também o major de Campo Grande, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros. Ele foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, e é suspeito de fazer parte de um núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. O suplente de senador e presidente do PL estadual, Aparecido Andrade Portela, Tenente Portela, também era investigado, mas acabou não sendo denunciado. O grupo é acusado de tentar depor o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por meio de desinformação, ameaças e ações violentas.

A denúncia afirma que Bolsonaro e seus aliados, incluindo generais e assessores, ajudaram a deflagrar o plano golpista. Eles teriam usado desinformação sobre as urnas eletrônicas, atacado decisões do STF e incentivado ações contra o novo governo, entre outras acusações. A PGR descreve os atos como sendo de grave ameaça e violência, com o objetivo de impedir o funcionamento dos Poderes da República.

Agora, a denúncia será analisada pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados se tornarão réus e responderão a um processo penal no STF. O julgamento ainda não tem data definida, mas deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025.

Arquivo/Marcos Corrêa/PR

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