O promotor Nicolau Bacarji Junior, titular da 33ª Promotoria de Justiça que tutela os direitos de crianças e adolescentes em Campo Grande, participou de uma importante conversa com as famílias atendidas pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do Jardim Noroeste. A iniciativa integra a campanha do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, intitulada "Viva a adolescência, evite a gravidez!", e tem como objetivo alertar sobre os impactos negativos da gravidez precoce no âmbito individual, familiar e coletivo.
“O Ministério Público está à frente dessas grandes questões que envolvem a garantia dos direitos individuais das crianças e dos adolescentes. Uma forma de preservar esses direitos é justamente sensibilizando os jovens a adiar o processo de gravidez, pois isso gera várias consequências dentro da família, para o futuro profissional do jovem, além de questões de evasão escolar e da própria saúde da criança e da adolescente”, declarou o promotor Nicolau Bacarji Junior.
Durante a reunião, realizada no contexto do encontro mensal do CRAS, que também promove a entrega de cestas básicas, a psicóloga Thailise Antero compartilhou sua experiência na rede de assistência social. “Quando ocorre uma gravidez na adolescência, vemos que algo é roubado dessa fase de descobertas. A adolescente precisa assumir responsabilidades que não está preparada para enfrentar, o que pode gerar danos psicológicos e aumentar a vulnerabilidade social”, ressaltou.
Stephanie Santana, coordenadora do CRAS Jardim Noroeste, enfatizou o trabalho integrado entre saúde, educação e assistência social. “A educação ajuda a menina a não parar os estudos, a saúde faz o acompanhamento do pré-natal, e a assistência social dá suporte para que a família consiga receber essa nova vida sem maiores impactos econômicos”, afirmou.
A campanha, que já é tratada pela 33ª Promotoria há três anos, conta com a participação de diversos setores e se alinha à Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. A ação visa conscientizar jovens de 12 a 18 anos sobre a importância do uso de métodos contraceptivos e de manter um diálogo aberto com profissionais de saúde e educação, além de envolver a família no processo de prevenção.
Com a atuação do Ministério Público e o trabalho diário das equipes do CRAS, a iniciativa busca transformar realidades e promover a inclusão social, garantindo que os direitos das crianças e adolescentes sejam preservados e que os jovens tenham acesso a uma educação que os capacite para um futuro mais promissor.