Mato Grosso do Sul enfrenta um ano de violência crescente contra mulheres, com 28 feminicídios registrados até novembro de 2024. Esse número já supera os 26 casos do mesmo período de 2023, destacando o estado entre as regiões com os maiores índices de feminicídio no Brasil. A situação tem gerado preocupação e demanda por medidas mais eficazes de combate a esse tipo de crime.
Casos recentes reforçam a gravidade da questão. Em 5 de novembro, Simone Alves, de 31 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro em uma granja onde ambos trabalhavam. Poucos dias depois, em 10 de novembro, Vanessa de Souza Amâncio, de 43 anos, foi esfaqueada pelo ex-marido em Três Lagoas. Ainda nesse dia, em Campo Grande, um casal foi assassinado pelo ex-marido da mulher, que não aceitava o fim do relacionamento. Esses episódios refletem o cenário alarmante e frequente de violência doméstica e de gênero no estado.
Os números de 2024 evidenciam uma realidade que exige respostas urgentes das autoridades. Delegacias especializadas, como a Casa da Mulher Brasileira, e canais de denúncia, como o Ligue 180 e o 190 para emergências, têm sido fundamentais para proteger vítimas em potencial. No entanto, o aumento nos casos de feminicídio reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a prevenção e a proteção de mulheres em risco, além de campanhas de conscientização e do fortalecimento do sistema de justiça para punir de forma severa os agressores.
A alta taxa de feminicídios levanta discussões sobre a importância de uma rede de apoio mais ampla, incluindo suporte social e psicológico. Medidas adicionais, como o monitoramento de agressores com tornozeleiras eletrônicas e programas de reabilitação, são alternativas que poderiam contribuir para a redução desses crimes e promover uma resposta mais efetiva à violência contra as mulheres.