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Polícia Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2025, 08:43 - A | A

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Desabastecimento

Contrabando de gás na fronteira gera riscos e prejuízos para Mato Grosso do Sul

Ações rigorosas estão sendo tomadas para combater o tráfico do produto entre os países vizinhos

Viviane Freitas
Capital News

O desabastecimento de gás de cozinha nas cidades bolivianas próximas à fronteira com Corumbá trouxe à tona uma questão há muito investigada pela Receita Federal: o contrabando do produto para o Brasil. Após a gasolina e o óleo diesel, o gás, que custa apenas R$ 20 na Bolívia, se tornou um dos itens mais contrabandeados para o lado brasileiro.

O vice-ministro boliviano da Luta Contra o Contrabando, Luis Amílcar Velásquez, declarou que medidas serão tomadas para combater o tráfico. O governo da Bolívia já anunciou o envio das forças do Exército e da Marinha para intensificar operações nas cidades de Puerto Suarez, Puerto Aguirre e Puerto Quijarro, locais com venda clandestina para brasileiros.

Esse contrabando tem gerado não apenas prejuízos tributários, mas também uma escassez do produto na Bolívia. Moradores dessas cidades enfrentam longas filas para adquirir o gás nos pontos autorizados pela Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH), enquanto o comércio clandestino cresce, com revendedores montando barracas nas casas e mercadinhos, de forma similar ao tráfico de combustíveis.

A Receita Federal brasileira também aumentou a fiscalização na fronteira, embora a extensão da área dificulte o controle. Em 2024, a Receita apreendeu 150 botijões de gás irregulares em Corumbá e 150 mil litros de combustível boliviano. O contrabando envolve tanto brasileiros quanto bolivianos e pode gerar lucros até seis vezes superiores ao valor original do produto. A Receita Federal alertou para os riscos econômicos, de segurança e de saúde pública envolvidos nesse comércio ilegal.

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