A Polícia Civil, por meio da DECON (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), junto com a Vigilância Municipal de Campo Grande, realizou uma fiscalização no centro da cidade para investigar crimes de exercício ilegal da profissão e crimes contra as relações de consumo. Durante a operação, três óticas foram fiscalizadas, e em duas delas, foram identificadas práticas que induziam o consumidor a erro.
Nas óticas, os consumidores eram abordados na rua por colaboradores, sendo prometida uma consulta com especialista por preços atrativos, cerca de R$ 50,00. Com a receita, eles poderiam adquirir óculos de grau na ótica. No entanto, o especialista que os atendia não era oftalmologista, mas sim um técnico em optometria, sendo que, pela legislação, apenas optometristas com nível superior e oftalmologistas estão autorizados a realizar consultas, prescrever lentes de grau e interagir medicamente com os pacientes.
As vítimas, ouvidas durante a fiscalização, afirmaram que acreditavam estar sendo atendidas por oftalmologistas. As proprietárias das óticas, por não estarem em flagrante, foram ouvidas e liberadas. As investigações continuam, pois outros dois “especialistas” fugiram ao perceber a chegada da fiscalização.
O técnico de 44 anos envolvido no caso assinou um termo circunstanciado e foi liberado, já que o crime é considerado de menor potencial ofensivo. Os equipamentos utilizados nas consultas foram apreendidos e encaminhados para perícia da Polícia Civil.