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3º lugar

Rodovias federais registram alta em tráfico e violência em Mato Grosso do Sul

Estado teve mais de 4 mil ocorrências em 2024, atrás apenas de PR e MG

Viviane Freitas
Capital News

Mato Grosso do Sul terminou 2024 como o terceiro estado brasileiro com mais crimes registrados nas rodovias federais, de acordo com o Anuário da Polícia Rodoviária Federal. Ao todo, foram 4.117 ocorrências ao longo dos 4.109,2 km de estradas sob responsabilidade da PRF. O Estado ficou atrás apenas do Paraná, com 5.203 casos, e de Minas Gerais, com 4.795.

As principais ocorrências envolvem tráfico de drogas, contrabando e descaminho, crimes associados à posição geográfica de MS, que faz fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Entre as apreensões de 2024, destacam-se 258 toneladas de maconha, 12,4 toneladas de cocaína, 3,5 toneladas de skunk, além de crack, haxixe, LSD e anfetaminas. A PRF também apreendeu 6,4 milhões de maços de cigarro, 127 mil peças de vestuário e mais de 51 mil produtos eletrônicos.

Outros materiais retidos incluem 5,3 toneladas de agrotóxicos, duas toneladas de alimentos, 2.264 litros de combustíveis, 8.376 cosméticos, 6.645 medicamentos e 4.008 pneus. Também foram apreendidas 93 armas — entre artesanais e fuzis — e 2.023 munições. No combate aos crimes ambientais, houve 362 registros, com a apreensão de 2.020 animais silvestres e mais de 268 m³ de madeira.

No total, 3.011 pessoas foram presas, o que equivale a uma prisão a cada três horas nas rodovias do Estado. A PRF ainda cumpriu 405 mandados de prisão, recuperou 424 veículos e flagrou 308 casos de adulteração. Foram registradas 269 ocorrências de alcoolemia com índice criminal e 395 crimes de trânsito. Em dinheiro, foram retidos R$ 405,6 mil e 408 dólares.

No campo das infrações, a PRF lavrou 228.602 autos em Mato Grosso do Sul. As principais irregularidades foram excesso de velocidade, com 125.630 registros, ultrapassagens indevidas (14.578) e o não uso do cinto de segurança (6.003). Quanto aos acidentes, foram 1.803 ocorrências, com 182 mortes e 1.940 feridos — sendo a maioria na BR-163, conhecida como “rodovia da morte”.

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