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Polícia Sexta-feira, 16 de Setembro de 2022, 15:31 - A | A

Sexta-feira, 16 de Setembro de 2022, 15h:31 - A | A

Caso Marielly

Cunhado e enfermeiro são condenados por aborto que matou Marielly

As penas somadas chegam a 9 anos de prisão

Iury de Oliveira
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

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Hugleice pagou R$ 500 para fazer aborto de Marielly na casa de Jodimar

Hugleice da Silva de 39 anos, e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes de 51 anos, foram condenados, somando as penas, a nove anos de prisão em regime inicial semiaberto, pelo aborto que causou a morte de Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, ocorrido em 2011, em Sidrolândia.

 

Os dois foram condenados pelo aborto e ocultação de cadáver. No júri popular realizado em Sidrolândia, o enfermeiro Jodimar foi condenado a cinco anos e três meses e Hugleice, cunhado de Marielly, sentenciado a quatro anos.

 

O crime de ocultação de cadáver prescreveu então como  condenação de cada um deles inclui um ano por conta da ocultação,  ambos cumprirão um ano a menos em relação ao resultado da pena divulgada no julgamento.

 

A sentença máxima para ocultação de cadáver, crime que prescreve, é de três anos, de acordo com o Código Penal. Desde o recebimento da denúncia até a pronúncia do julgamento, passaram-se sete anos. E, ainda segundo o Código Penal, condenações com prescrição e pena de um a dois anos, prescrevem em quatro anos.

 

O juiz Cláudio Muller Pareja, pediu perdão a família de Marielly, pela demora para a realização do julgamento. “Nosso sistema judiciário foi criado para ser lento e tínhamos problemas locais, uma das varas que tínhamos aqui ficou quase seis anos sem juiz. Eu peço perdão à família porque não há justificativa de demorar tanto tempo”, disse.

Reprodução

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Hugleice era cunhado de Marielly que supostamente esperava um filho dele, e, por isso ele teria articulado o aborto. Jodimar exercia a profissão de enfermeiro e teria executado o procedimento que terminou na morte da jovem. O valor pago na época foi de R$ 500.

 

Em depoimento no plenário, o enfermeiro Jodimar reafirmou que não conhecia Marielly, que nunca a viu e nem mesmo praticou o aborto. Esta é a afirmação feita pelo enfermeiro desde o dia em que foi descoberta a morte da jovem, três semanas após seu desaparecimento.

 

Além disso, Jodimar afirma que não conhecia Hugleice, cunhado de Marielly que teria ‘arranjado’ o aborto para a jovem. Sobre o material apreendido na casa do então enfermeiro, como macas, pinças cirúrgicas e outros equipamentos, ele afirmou que trabalhava como manicure e por isso tinha aquele tipo de aparelhagem.

Deurico/Arquivo Capital News

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Hugleice chegou a ajudar distribuir panfletos durante período em que jovem estava desaparecida

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