Em 2024, o número de abates de animais em Mato Grosso do Sul aumentou 13,8%, superando 3,5 milhões, apesar da redução de área de pastagem e do rebanho. Esse crescimento é atribuído ao uso crescente de tecnologias pelos produtores e aos incentivos do Governo do Estado, especialmente por meio do programa Precoce MS. O abate de novilhos precoces, por exemplo, saltou 112% desde 2018, passando de 722.217 bovinos para 1,534 milhão de animais no ano passado.
O programa Precoce MS foi apresentado em uma palestra na Dinapec 2025, pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável, Rogério Beretta, e o presidente da Associação dos Produtores de Novilho Precoce de MS, Rafael Gratão. Eles destacaram os avanços do programa, que trouxe maior sustentabilidade à pecuária do estado, promovendo eficiência e adaptação às novas tecnologias.
Segundo Beretta, o programa se ajustou às exigências tecnológicas e ambientais, com o objetivo de tornar o Estado carbono neutro até 2030. Ele também destacou que o Precoce MS agora atende aos critérios do PNEFA-MS, que visam melhorar o controle zootécnico e zoossanitário, as condições de biossegurança e a rastreabilidade animal, garantindo mais segurança na cadeia da carne.
No ano passado, o programa Precoce MS remunerou os produtores cadastrados em mais de R$ 117 milhões. Atualmente, há 2.848 produtores no programa, com 516 estabelecimentos que adotaram boas práticas agropecuárias. A reforma do programa, iniciada em 2017, busca aumentar a produção sustentável, e a partir de abril, todos os produtores deverão passar por um processo de avaliação de suas propriedades para continuar no programa.