O Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil, junto com a Argentina, firmou um Memorando de Entendimento (MoU) para viabilizar a importação de gás natural do megacampo de Vaca Muerta. A medida tem o objetivo de aumentar a oferta de gás no Brasil, promovendo a reindustrialização do país e proporcionando um gás mais barato, com preços esperados entre US$ 7 e US$ 8 por milhão de BTUs, comparados aos US$ 13,82 atuais no mercado nacional.
Divulgação/MSGÁS
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O acordo cria um grupo de trabalho bilateral para estudar as rotas logísticas e expandir a infraestrutura de gasodutos entre os dois países. A viabilidade inicial prevê o transporte de 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a meta de atingir 30 milhões até 2030. O foco é utilizar a infraestrutura existente para garantir a exportação do gás com o menor custo possível e no menor tempo.
A principal fonte de gás será o campo de Vaca Muerta, na Argentina, onde o gás custa apenas US$ 2 por milhão de BTUs. O governo brasileiro espera que essa importação reduza significativamente o custo do insumo, beneficiando especialmente setores industriais como fertilizantes, vidro e petroquímicos, além de gerar mais empregos e crescimento econômico.
Além disso, o governo argentino está trabalhando na conclusão de obras de reversão do fluxo de gasodutos, como o Gasoduto Néstor Kirchner, que interligará a Argentina ao Brasil. Também está em estudo a possibilidade de utilizar o gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre, além de uma conexão via Uruguai ou exportação de gás natural liquefeito (GNL), mas com custos mais altos.
O ministro Alexandre Silveira destacou a importância do acordo para fortalecer o programa "Gás Para Empregar", que visa aumentar a oferta de gás natural e impulsionar a economia brasileira. A expectativa é que as obras de infraestrutura e as importações de gás argentino tragam resultados positivos para a economia, com mais gás, emprego e desenvolvimento industrial no Brasil.
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