O programa Pé-de-Meia, do Governo Federal, vai beneficiar mais 4 mil estudantes do ensino médio em Mato Grosso do Sul, totalizando 43,7 mil jovens no estado. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Camilo Sobreira de Santana, nesta quarta-feira (13). O programa, que visa apoiar a permanência escolar de alunos de famílias de baixa renda, prevê o pagamento de R$ 76,2 milhões para os estudantes sul-mato-grossenses em 2024, sendo R$ 36 milhões já pagos até o momento.
O programa é voltado para estudantes que pertencem a famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário mínimo. Também foram incluídos no benefício alunos da educação de jovens e adultos (EJA) que atendem aos mesmos critérios. A medida tem como objetivo reduzir as taxas de evasão escolar, que em Mato Grosso do Sul são superiores às médias nacionais, com 9,9% de repetência e 7,3% de evasão no ensino médio.
Durante sua visita a Campo Grande, o ministro Camilo Santana ressaltou a importância do Pé-de-Meia para a redução da evasão escolar no país, lembrando que quase meio milhão de jovens abandonam o ensino médio anualmente, principalmente por questões financeiras. O programa visa ajudar esses jovens a permanecerem na escola e completarem sua educação, sem a necessidade de interromper os estudos para trabalhar e sustentar a família.
“O Pé-de-meia tem um impacto gigante no Mato Grosso do Sul. Quase metade dos alunos do ensino médio da rede estadual tem acesso ao programa, que faz uma diferença significativa na vida deles”, disse o governador Eduardo Riedel.
Além de garantir a permanência na educação básica, o Pé-de-Meia também tem incentivado a continuidade dos estudos no ensino superior. Estudantes beneficiados pelo programa que realizarem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) receberão uma parcela extra de R$ 200, em 2025.
A adesão ao Enem também aumentou entre os alunos de Mato Grosso do Sul, com um crescimento significativo nas inscrições, passando de 56,6% em 2023 para 84% em 2024, embora ainda abaixo da média nacional de 94%.
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