O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, abriu o Seminário Internacional da Rota Bioceânica, nesta terça-feira (18), em Campo Grande, destacando o impacto econômico e social do novo corredor que ligará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile ao Oceano Pacífico. Além da integração comercial, Riedel ressaltou o sentimento de fraternidade e irmandade entre os países vizinhos como peça-chave do projeto.
“O que nos une é tirar este sonho do papel. Temos a obrigação de motivar a nossa gente. O sentimento de irmandade é o principal elo da Rota Bioceânica, muito mais do que as obras e o comércio internacional. Estes benefícios envolvem toda a população ao longo deste caminho”, afirmou o governador.
A infraestrutura necessária para a concretização do corredor bioceânico foi um dos temas centrais do evento. Riedel destacou que os países envolvidos terão grandes desafios, tanto na estrutura física quanto na diplomacia, mas reforçou que a competitividade do setor privado será um fator decisivo no desenvolvimento da rota.
“No ano que vem, teremos a inauguração da ponte binacional e das diversas estradas que vão viabilizar o corredor”, acrescentou.
Integração regional e política de Estado
Bruno Rezende/Governo MS
Rota Bioceânica: Governo de MS destaca integração, comércio e irmandade com os países vizinhos
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também participou da solenidade e pontuou que a Rota Bioceânica de Porto Murtinho é uma das cinco conexões internacionais em andamento para integrar o Brasil com os países vizinhos. Segundo Tebet, essa política de conectividade vai fortalecer a economia e o comércio sul-americano.
“Somos um povo de paz com nossos vizinhos da América do Sul, o que nos dividem são meras ruas estreitas. Essa unidade nos faz ter uma riqueza única. Hoje temos uma política de Estado com cinco rotas de integração Sul-Americana”, destacou.
O secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, reforçou a importância do projeto para além da infraestrutura logística. Segundo ele, a iniciativa representa "um novo capítulo da geopolítica", que impactará vidas ao abrir um leque de oportunidades econômicas e sociais.
“O corredor bioceânico é mais do que uma obra, é uma integração sem fronteiras na América do Sul. Vai além do concreto e asfalto, é sobre a conexão de pessoas e um compromisso com o futuro”, afirmou Verruck.
Oportunidades no Chile e acesso ao mercado asiático
Um dos pontos estratégicos do corredor será o porto de Iquique, no Chile, que permitirá o escoamento de produtos brasileiros para o mercado asiático. O governador da província chilena de Tarapacá, José Miguel Carvajal Gallardo, destacou a importância da rota para a economia da América do Sul.
“Vivemos um momento histórico, de muito orgulho. Um sonho econômico e social, que vai ser um projeto humanizador, reduzindo a distância entre os povos e criando oportunidades em um momento significativo para o continente”, afirmou.
Evento e programação
O Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico seguem até o dia 20 de fevereiro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. O evento é promovido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc, com o apoio da Fiems, Sebrae/MS, Energisa e Águas Guariroba.
A programação inclui painéis, reuniões técnicas e apresentações culturais, reunindo autoridades governamentais, empresários e especialistas para discutir os desafios e oportunidades do Corredor Bioceânico, trajeto rodoviário de 3.320 km que conectará os quatro países ao Oceano Pacífico.
Bruno Rezende/Governo MS
Rota Bioceânica: Governo de MS destaca integração, comércio e irmandade com os países vizinhos
