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Sustentabilidade

Mato Grosso do Sul se destaca na produção de biogás

Estado tem crescimento de 41% no número de usinas em 2023, segundo CIBiogás

Vivianne Nunes
Capital News

Divulgação

Mato Grosso do Sul se destaca na produção de biogás

Secretário Jaime Verruck comemora novas plantas de biogás e biometano como a no frigorífico da JBS, em Campo Grande

Mato Grosso do Sul está entre as unidades da federação mais representativas do Brasil em relação ao número de usinas de biogás em operação. O Estado aumentou de 59 plantas de produção do biocombustível em 2022 para 83 unidades em 2023, um crescimento de 41%, o terceiro melhor índice do país, conforme os dados do Panorama do Biogás no Brasil 2023, elaborado pelo CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás).

De acordo com o CIBiogás, em 2023 o Brasil registrou a operação de 338 novas plantas de biogás e biometano, um aumento de 32% em relação a 2022, totalizando 1.365 plantas atualmente no país. Essas plantas são responsáveis pela produção de 4,6 bilhões de metros cúbicos de biogás por ano, a partir de substratos como resíduos da agropecuária, da indústria e esgoto. A maior parte do biogás é utilizada para a geração de energia elétrica (86%) e energia térmica (9%); na purificação para gerar biometano (3%) e em energia mecânica (0,4%).

O crescimento do número de usinas de biogás em Mato Grosso do Sul é parte do resultado do MSRenovável (Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica), política do Governo do Estado implementada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Além do fomento ao uso do biocombustível para geração de energia elétrica, o governo também incentiva a produção de biometano, que é a purificação do biogás, visando obter o reconhecimento internacional de Mato Grosso do Sul como Estado Carbono Neutro até 2030.

Divulgação/Semadesc

Mato Grosso do Sul apresenta crescimento de 41% em usina de biogás

Usina de Biometano

Conforme os dados do CIBiogás, três plantas de produção de biometano já estão em operação em Mato Grosso do Sul, com capacidade total instalada de 8,16 milhões de Nm³/ano. As usinas em operação são: Adecoagro, em Ivinhema (2,4 milhões de Nm³/ano); JBS, em Campo Grande (1,38 milhão de Nm³/ano); e SF Agropecuária, em Brasilândia (4,38 milhões de Nm³/ano). Uma quarta unidade de biometano foi anunciada pela Atvos em abril de 2024, com capacidade instalada de 28 milhões de metros cúbicos de biometano, a ser instalada em Nova Alvorada do Sul, com investimentos de R$ 350 milhões.

Incentivos para o biogás e biometano
No mês de abril, na 2ª edição do Programa ‘Baixar Impostos para fazer dar certo’, o governador Eduardo Riedel assinou um decreto que beneficiou o biogás e o biometano com uma redução da base de cálculo do ICMS, passando a ter uma carga tributária de 12% (saídas internas), com crédito outorgado de 85% (saídas internas) e 90% nas saídas interestaduais.

“O biogás e o biometano, extraído da vinhaça nas usinas de cana-de-açúcar ou do tratamento de dejetos da suinocultura e da bovinocultura, são o nosso principal potencial de combustível renovável. A utilização dessa matriz energética já é realidade em veículos de transporte de carga”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Saul Schramm/Portal MS

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O secretário também destaca que a msgás, órgão vinculado à Semadesc, avança na oferta de biogás e biometano, alinhando-se à meta Carbono Neutro. “Mato Grosso do Sul foi a primeira unidade da federação a regulamentar a produção de biometano, facilitando a atuação da msgás na compra e distribuição deste gás renovável. A estratégia do governo é fomentar a ampliação do uso do biogás para a produção de energia elétrica e do biometano, para que esse biocombustível possa ser ofertado na rede pela msgás, como GNV”, acrescenta.

Ampliar a oferta de GNV é um pilar do plano de expansão da msgás, apoiado pelo Plano Estadual de Controle da Poluição e Desenvolvimento Tecnológico. Os incentivos incluem isenção de IPVA, redução de ICMS e bônus para abastecimento. O projeto “Corredores Azuis” visa a eficiência e sustentabilidade do transporte pesado, com pontos estratégicos de abastecimento para caminhões movidos a GNV e biometano, consolidando a tecnologia e reduzindo emissões de poluentes.

Serviço: O Panorama do Biogás no Brasil 2023 está disponível no link oficial clicando aqui

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