Lideranças políticas e empresariais participaram, na manhã desta sexta-feira (20), de um encontro em com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, Sérgio Longen e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Jaime Verruck, sobre os avanços e desafios da Rota Bioceânica, projeto que visa conectar o Brasil ao Pacífico, passando por Paraguai, Argentina e Chile.
Na ocasião, Longen enfatizou as vantagens para a indústria brasileira, especialmente para os exportadores, que se beneficiarão com a redução de custos logísticos. "Nós devemos iniciar a operação em 2026. Muitas estruturas estão sendo criadas, e esse projeto trará benefícios enormes, principalmente para quem exporta, facilitando a competitividade da indústria nacional", afirmou Longhi.
A ministra Simone aproveitou o evento para anunciar o início das obras da alça de acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, com previsão de conclusão para o final de 2026. "Exatamente hoje começou a obra da alça dos 13 quilômetros. São mais ou menos R$ 470 milhões investidos, e a expectativa é que o presidente Lula possa inaugurar a obra até o final do seu mandato", destacou a ministra.
Além dos avanços em infraestrutura, questões como a necessidade de simplificação alfandegária e a capacitação da mão de obra foram pontos levantados por Tebet. "Nós vamos reforçar o ensino de espanhol e qualificar nossos trabalhadores para essas novas demandas internacionais, inclusive envolvendo a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul nesse processo", acrescentou.
Na ocasião, Verruck, ressaltou a importância de alinhar os esforços entre os países envolvidos. "Sem a infraestrutura adequada, não conseguimos discutir a rota bioceânica. Precisamos avançar também na regulamentação alfandegária para garantir a competitividade desse projeto", explicou.
A rota bioceânica promete reduzir em até 30% o custo logístico para a exportação de produtos brasileiros para a Ásia, tornando-se uma alternativa mais eficiente em comparação aos portos do Sudeste.