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Novo PAC

Simone Tebet diz que Rotas da Integração Sul-Americana podem operar até 2028

Objetivo das obras é escoar a produção brasileira por meio de portos no Oceano Pacífico

Rogério Vidmantas
Capital News

Geraldo Magela/Agência Senado

Simone Tebet

Ministra Simone Tebet e os senadores Confúcio Moura e Marcelo Castro em audiência conjunta da CI e da CDR

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal tem, na área de infraestrutura, a implantação das cinco Rotas de Integração Sul-Americanas como um dos principais investimentos. Um dos objetivos das obras é escoar a produção brasileira por meio de portos no Oceano Pacífico.

Na última semana, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que as rotas devem estar em pleno funcionamento até 2028. A afirmação foi feita durante audiência pública das Comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR).

“Nós temos condições de interligar o Pacífico, pelo menos uma ‘perninha’, até o final de 2026. Até 2028, com certeza esses projetos todos estarão muito bem estruturados. Colocando isso em prática, vamos ter um cenário absolutamente diferente. Ninguém vai conseguir competir com o Brasil no mundo, no que se refere à nossa fronteira agrícola”, disse.

As cinco Rotas da Integração Sul-Americana afetam os 11 estados brasileiros que fazem fronteira com países da região (veja arte abaixo). Elas envolvem um total de 190 projetos, como rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, além de infovias e linhas de transmissão de energia.

Para Simone Tebet, as Rotas da Integração Sul-Americana podem abrir novas portas para as exportações brasileiras. “Há 30 anos, os principais destinos das nossas exportações eram basicamente Estados Unidos, alguma coisa da Europa, do Japão e da Argentina. Hoje mais de 80% da nossa exportação é para o mercado asiático. As cinco rotas reduzem distância e tempo e aumentam a competitividade dos nossos produtos”.

Segundo a ministra, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve abrir US$ 10 bilhões em linhas de financiamento para viabilizar as Rotas da Integração Sul-Americana. Do total, US$ 3 bilhões são destinados a estados e municípios brasileiros. Os US$ 7 bilhões restantes vão financiar obras nos demais países do continente.

A logística é um meio para se alcançar o fim. A finalidade não é a ponte que vamos construir, a estrada, a rodovia, os portos, os aeroportos. Aí tem conectividade, infovias e internet nos rincões mais distantes do Brasil. Tem balança comercial, emprego, renda e desenvolvimento da região — afirmou Simone Tebet.

Repercussão

A audiência pública conjunta foi sugerida pelos presidentes da CI, senador Confúcio Moura (MDB-RO), e da CDR, senador Marcelo Castro (MDB-PI). O parlamentar rondoniense lembrou que a falta de dinheiro foi “um dos obstáculos das versões anteriores do PAC”.

— Considerando que a segurança e a continuidade dos investimentos são de suma importância para o engajamento dos estados, dos municípios e do setor privado ao programa, é necessário debater como o governo pretende conciliar os investimentos previstos com as metas do novo arcabouço fiscal — ponderou.

Reprodução/Agência Senado

Rota Bioceânica

Mapa das rotas, apresentado pelo Ministério do Planejamento

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